16/03/2011

O verdadeiro negócio atómico

Ignácio Escolar. Tirado de aqui.

nucleargaronha.jpg
Apenas há um carro no mundo que funciona com energia atómica: o DeLorean que conduzia Michael J. Fox em 'Regresso ao Futuro'. À margem dos filmes, a imensa maioria dos carros rodam com gasoil ou gasolina. Por isso defender que a escalada no preço do petróleo se amanha com mais centrais nucleares é um argumento trampeiro, por muito que o repetirem aqueles pensadores independentes, como Felipe González ou José María Aznar, que estám a soldo de companhias eléctricas com interesses atómicos, como Gas Natural ou Endesa. O lobby nuclear espanhol, sempre tem generoso com os nossos ex-presidentes, está nestes dias de loito. O pesadelo japonês complicou umha campanha cujo objectivo nom passa por construir novas nucleares. O negócio que procuram é um outro: continuar a explorar os velhos reactores, já amortizados, além das suas margens de segurança; além dos 40 anos para os que fôrom desenhados.

Contra o que alguns repetem, a moratória nuclear que aprovou Felipe em 1984 já nom está vigorante em Espanha. Aquela lei tam rendível para as eléctricas -ainda hoje continuamos a pagar a moratória na factura da luz- rematou em 1997. Qualquer um poderia construir umha central nuclear em Espanha, de ter as ganhas e os quartos. Apesar dessas infinitas avantagens económicas que nos vendem os seus defensores, ninguém pediu permissom. A razom? Que umha nova nuclear espanhola apenas seria rendível se for subvencionada. E isso que esta energia, no seu balanço, nom se fai cargo de todas as facturas. Nom pagam polo seu futuro: polos custes da gestom milenária dos seus perigosos refugalhos, que ficam como herança polos séculos dos séculos. Tampouco nom pagam polo seu presente: por esses riscos tam evidentes hoje no Japom. Seriam rendíveis as nucleares se tiverem que contratar um seguro que cobrir as terríveis consequências dum possível acidente?

Nenhum comentário: