Ignacio Ramonet. Artigo tirado de Outras Palavras (aqui). Tradução: Maurício Ayer
Os gestos de aproximação entre Teerã e Washington multiplicam-se
rápido. Uma nova era parece começar. Agora, parece possível uma solução
política, para pôr fim ao conflito a respeito da energia nuclear que
opõe, há mais de trinta anos, o Irã e os Estados Unidos. De repente,
gestos recíprocos de conciliação tomaram o lugar das ameaças e ofensas
proferidas durante décadas. A ponto de a opinião pública se perguntar
como passamos tão depressa de uma situação de enfrentamento constante à
perspectiva, agora plausível, de um acordo.
Há apenas dois meses, no início de setembro passado, estávamos – uma
vez mais – à beira da guerra no Oriente Médio. Os meios de comunicação
de alcance global anunciavam em seus títulos o “ataque iminente” dos
Estados Unidos contra a Síria, grande aliado do Irã, acusada de ter
cometido, em 21 de agosto, um “massacre químico” na periferia de
Damasco.
A França, por razões ainda enigmáticas, estava na linha de frente.
Pronta a participar desse ataque, sem autorização do Conselho de
Segurança da ONU, sem solicitar a concordância de seu Parlamento e sem
esperar o relatório dos especialistas das Nações Unidas… David Cameron,
primeiro-ministro britânico, estava igualmente empenhado nesta nova
“coalizão internacional” decidida a “punir” Damasco como ela havia
“punido” (com o apoio da OTAN), em 2011, a Líbia do coronel Kadhafi…
Diversos Estados vizinhos – Arábia Saudita (grande rival regional do
Irã), Catar, Turquia –, já muito engajados na guerra civil síria ao lado
dos insurgentes, apoiavam o projeto dos “ataques aéreos”.
Tudo apontava para um novo conflito. No centro de uma “zona de
todos os perigos”, ele arriscava transformar-se rapidamente em
conflagração regional. Pois a Rússia (que dispõe de uma base naval
geoestratégica em Tartus, na costa síria, e é fornecedor maciço de armas
a Damasco) e a China (em nome da soberania dos Estados) tinham avisado
que oporiam seus vetos a qualquer pedido, no Conselho de Segurança, em
favor do ataque. De sua parte, Teerã denunciava o uso de armas químicas e
temia a intervenção militar, receando que ela permitisse a Israel
aproveitar para atacar o Irã e destruir suas bases nucleares… Era
portanto o barril de pólvora do Oriente Médio (incluindo o Líbano, o
Iraque, a Jordânia e a Turquia) que ameaçava explodir.
Mas de repente, sem transição, esse projeto de “ataque iminente” foi
abandonado – para grande estupor de todos os partidários da guerra… Por
quê? Por, pelo menos, quatro razões.
Em primeiro lugar, a recusa das opiniões públicas ocidentais,
majoritariamente hostis a um novo conflito, cujos principais
beneficiários locais seria certamente os grupos jihadistas ligados à Al
Qaeda. Grupos estes, aliás, que os ocidentais combatem na Líbia, no
Mali, na Somália, no Iraque, no Iêmen, entre outros países… Houve em
seguida, no dia 29 de agosto, a humilhante derrota de David Cameron no
Parlamento britânico, que tirou o Reino Unido do jogo. Depois, em 31 de
agosto, veio a reviravolta de Barack Obama, que decidiu, para ganhar
tempo, solicitar um sinal verde do Congresso estadunidense, do qual ele
não tinha qualquer necessidade… Enfim, em 5 de setembro, durante a
cúpula do G-20 em São Petersburgo, Vladimir Putin propôs formalmente
colocar a operação sob controle da ONU e destruir o arsenal químico
sírio.
Essa solução (uma indiscutível vitória diplomática de Moscou) servia
bem tanto a Washington quanto a Paris, Damasco e Teerã. Paradoxalmente,
ela significava, em contrapartida, uma derrota para… vários aliados dos
Estados Unidos (inimigos do Irã), a saber: Arábia Saudita, Catar e
Israel.
Evidentemente, uma saída como essa – inimaginável apenas dois meses
atrás – deveria transformar a atmosfera diplomática geral e acelerar a
aproximação entre Washington e Teerã.
Na realidade, tudo havia começado em 14 de junho, com a eleição de
Hassan Rohani à presidência do Irã, sucedendo o controverso Mahmoud
Ahmadinejad. Desde sua posse, em 4 de agosto, o novo presidente declarou
que um momento distinto começava, e que ele procuraria, pelo “diálogo”,
tirar seu país do isolamento diplomático e da confrontação com o
Ocidente sobre a questão nuclear. Seu principal objetivo: afrouxar as
sanções internacionais que estrangulam a economia.
Essas sanções estão entre as mais duras já impostas a um país em
tempos de paz. A partir de 2006, o Conselho de Segurança, agindo
amparado no capítulo VII da Carta das Nações Unidas 1,
adotou quatro resoluções muito rígidas – 1.737 (2006), 1.747 (2007),
1.803 (2008) e 1.929 (2010) – em resposta aos riscos de proliferação que
o programa nuclear iraniano supostamente implicaria.
Essas restrições foram reforçadas em 2012 por um embargo petroleiro e
financeiro dos Estados Unidos e da União Europeia, que isolaram do
mercado mundial o Irã, que está sentado sobre a quarta maior reserva
mundial de petróleo e a segunda de gás 2.
Tudo isso degradou brutalmente as condições de vida. Aproximadamente
3,5 milhões de iranianos estão, desde então, desempregados (ou seja,
11,2% da população ativa ), uma cifra que poderia aumentar até 8,5
milhões segundo o ministro da Economia. O salário mínimo mensal é de
apenas 6 milhões de rials (200 dólares), enquanto os preços ao
consumidor mais que dobraram. E os produtos de base (arroz, azeite,
frango) permanecem caros demais. Os medicamentos importados são
inencontráveis. A taxa anual de inflação é de 39%. A moeda nacional
perdeu 75% de seu valor em 18 meses.
Nesse contexto de mal-estar social agudo, o presidente Rohani
multiplicou rapidamente os sinais de mudança. Libertou uma dezena de
prisioneiros políticos, entre os quais Nasrin Sotoudeh, militante dos
direitos humanos. Em 25 de agosto, houve, pela primeira vez em décadas, a
visita a Teerã de um diplomata norte-americano – Jeffrey Feltman,
secretário geral adjunto da ONU, enviado para examinar, com o novo chefe
da diplomacia iraniana, Mohammad Javad Zarif, a situação na Síria.
Ninguém tem dúvida de que eles trataram também das relações Irã-Estados
Unidos… Na sequência, produziu-se o insólito: Hassan Rohani e Barack
Obama trocaram cartas nas quais se diziam prontos a conduzir as
“discussões diretas” para tentar encontrar uma “solução diplomática”
para a questão nuclear iraniana.
A partir daí, Hassan Rohani pôs-se a dizer frases que, há anos, os
ocidentais queriam ouvir. Durante uma entrevista à CNN, diante de uma
questão sobre o Holocausto, o presidente iraniano declarou: “Todo crime
contra a humanidade, incluindo os cometidos pelos nazistas contra os
judeus, é repreensível e condenável.” Ou seja, o contrário exato do que
Mahmoud Ahmadinejad tinha martelado durante oito anos. Para a NBC,
Rohani afirmou: “Nunca tentamos produzir uma bomba nuclear e não temos a
intenção de fazê-lo”. Por fim, em artigo publicado no Washington Post, o presidente iraniano propunha procurar, pela negociação, soluções de tipo “ganha-ganha”.
Em resposta, Barack Obama, ao discursar na ONU, em 24 de setembro,
citou 25 vezes o Irã, pronunciando igualmente as palavras que Teerã
queria ouvir. Que os Estados Unidos “não querem mudar o regime”
iraniano, e que Washington respeita “o direito do Irã de aceder à
energia nuclear para fins pacíficos”. Sobretudo, pela primeira vez, ele
não ameaçou o Irã e não repetiu a frase fatídica: “Todas as opções estão
sobre a mesa”.
No dia seguinte, um secretário de Estado norte-americano (John Kerry)
e um ministro das Relações Internacionais iraniano (Mohammad Javad
Zarif) reuniram-se pela primeira vez, desde a ruptura de relações
diplomáticas entre os dois países em 7 de abril de 1980 (em seguida à
prisão de reféns na embaixada dos Estados Unidos, em 4/11/1979), para
tratar da questão nuclear iraniana. E reencontraram-se em Genebra a
partir de 15 de outubro, para a reunião do Grupo dos Seis (China,
Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia, mais a Alemanha), com a
incumbência de debater, no ambiente da ONU, a questão iraniana.
Por fim, um encontro “muito produtivo” entre o Irã e a Agência
Internacional de Energia Atômica (AIEA) ocorreu em Viena, em 30 de
outubro. Estabeleceu, segundo afirmaram as duas partes em rara
declaração comum, “avanços na questão do programa nuclear iraniano,
permitindo vislumbrar as próximas negociações com um certo otimismo”.
Acrescentaram, além disso, que “na sequência de discussões substanciais,
foi decidido que uma nova reunião aconteceria em 11 de novembro, em
Teerã3”. [Nota da Redação: o resultado positivo desse novo encontro está relatado aqui]. Essa atmosfera de frases distensionadoras e pequenos passos no caminho da reconciliação 4 converteu-se em cena espetacular no célebre contato telefônico de 27 de setembro, entre Barack Obama e Hassan Rohani.
No entanto, resta o nó do problema. Washington formula três
exigências: 1) que Teerã pare de enriquecer urânio a mais de 20%, um
percentual considerado relativamente próximo do nível militar; 2) que os
iranianos permitam inspeções mais avançadas; 3) que o Irã conserve, sob
seu controle, quantidades muito limitadas de urânio enriquecido. Por
seu lado, Teerã reclama que lhe reconheçam seu direito a um programa
atômico civil e quer obter um alívio das sanções internacionais que
estrangulam sua economia.
De parte a parte, a desconfiança é grande. Quando, em 2006, o
Conselho de Segurança da ONU infligiu a Teerã as primeira sanções por
causa de seu programa nuclear, o Irã contava com apenas 200 centrífugas
para enriquecer seu urânio. Esse número, desde então, multiplicou-se por
cem: o país disporia atualmente de cerca de 20 mil centrífugas… Destas,
metade teria sido instalada ao longo dos dois últimos anos. Entre os
últimos aparelhos, mil seriam de nova geração, com capacidade de
produção muito mais forte. Eles permitiriam ao Irã, se assim desejasse,
elevar seu urânio enriquecido ao nível militar em prazos muito curtos.
O Irã estaria em condições, desde já, de obter urânio suficientemente
enriquecido para fabricar uma bomba em alguns meses… Ignora-se,
contudo, se dispõe de uma ogiva nuclear que possa ser eficazmente
adaptada a seus mísseis. Quanto a isso, um relatório de 2011 da AIEA5
[5afirmou que a Agência dispunha de provas de que o Irã teria efetuado,
ao longo dos anos precedentes, “pesquisas importantes com vistas a
desenvolver uma ogiva nuclear”. Segundo esse mesmo relatório, Teerã
teria igualmente avançado no sentido de produzir um reator nuclear de
água pesada capaz de produzir plutônio para fabricar uma ogiva nuclear.
De maneira que os iranianos disporiam de dois caminhos possíveis para
construir um artefato atômico bélio: a do urânio e a do plutônio. Aos
olhos das potências ocidentais, esses dois caminhos são linhas vermelhas
que Teerã não deve ultrapassar.
O Irã sempre negou que seu programa nuclear tinha metas militares.
Seu objetivo declarado é civil. Dominar o ciclo da energia atômica, para
poder garantir sua autonomia energética depois do esgotamento das
reservas de hidrocarbonetos.
Contudo, é inegável que Teerã deseja ter seu lugar na cena
internacional. Um lugar que corresponda à sua posição de antigo Império
Persa, à sua dimensão demográfica (80 milhões de habitantes) e à sua
situação geopolítica (na encruzilhada entre o Afeganistão e o Paquistão,
o Cáucaso, o Oriente Médio e a Turquia). Os dirigentes iranianos
constatam, com melancolia, que seu país é posto para escanteio, enquanto
outros Estados do Sul (Turquia, Índia, Brasil…) emergem e desempenham
um papel cada vez mais importante no novo contexto internacional. Eles
medem pelo desarranjo de sua economia o que lhes custou três décadas de
hostilidade norte-americana.
Ao contrário do governo ultraconservador israelense, que tenta torpedear essa aproximação 6,
outros aliados dos Estados Unidos não querem ser os últimos a subir no
bonde da paz. Nem, sobretudo, perder suculentos contratos comerciais com
um país de 80 milhões de consumidores… Por isso, o Reino Unido
imediatamente anunciou que pretendia reabrir sua embaixada em Teerã e
relançar suas relações diplomáticas. E, a partir de 24 de setembro, o
presidente francês François Hollande apressou-se em ser o primeiro
dirigente ocidental a se encontrar e publicamente apertar a mão de
Hassan Rohani. É preciso dizer que a França tem importantes interesses
econômicos a defender no Irã. Em particular, no setor automotivo, com
duas empresas (Renault e Peugeot) presentes no país há décadas (mas que
tiveram que parar a produção por conta das sanções). Faz alguns meses
que tanto a Renault quanto a Peugeot assistem, com preocupação, à
chegada com força dos construtores americanos, notadamente a General
Motors.
Tudo indica que o degelo atual vai se intensificar. O Irã e os
Estados Unidos, objetivamente, têm interesse nisso. O argumento da
diferença abissal entre os sistemas políticos estadunidense e iraniano
não se sustenta. Os “compromissos históricos” abundam. Que identidade
política haveria, por exemplo, entre a China de Mao Tsé-Tung e os
Estados Unidos capitalistas de Richard Nixon? A ausência não impediu
esses dois países de normalizar suas relações desde 1972 e de empreender
a espetacular aproximação econômica e comercial que se seguiu. Seria
possível, igualmente, citar a aproximação insólita, a partir de novembro
de 1933, entre os Estados Unidos de Roosevelt e União Soviética de
Stalin. Dois sistemas que se opunham em tudo, mas que puderam, juntos,
vencer a Alemanha hitlerista e ganhar a II Guerra Mundial.
No plano geoestratégico, o presidente Barack Obama procura
desembaraçar-se do Oriente Médio para se voltar para a Ásia, “zona de
futuro e de crescimento” do século XXI, segundo Washington. Sólida desde
o fim da Segunda Guerra Mundial, a implantação norte-americana na
região justificava-se pela existência das principais fontes de
hidrocarbonetos, indispensáveis para a máquina de produção
norte-americana. Mas isso mudou com a descoberta, nos Estados Unidos, de
importantes reservas de gás e de petróleo de xisto, que poderiam
aportar-lhes, num prazo breve, uma quase autonomia energética.
Por outro lado, o estado das finanças americanas, depois da crise de
2008, não permite aos Estados Unidos assumir o custo considerável de seu
envolvimento múltiplo nas guerras e conflitos do Oriente Médio.
Negociar com o Irã, para que abandone seu projeto nuclear militar, é
muito menos caro que uma guerra ruinosa. Além disso, a opinião pública
dos EUA mantém-se hostil a um confronto contra o Estado persa. E aliados
como a Alemanha e o Reino Unido, tendo em vista o que ocorreu no caso
da Síria, certamente não participariam da aventura. Ao contrário, se um
acordo for possível, O Irã poderia ajudar a estabilizar o conjunto da
região, em especial o Afeganistão, Iraque, Síria e Líbano, o que
aliviaria Washington.
Já Teerã tem necessidade absoluta de um acordo, para dissipar o peso
das sanções e reduzir as agruras da vida quotidiana da população. Os
dirigentes sabem que não estão livre de um grande levante social. Sobre a
questão nuclear, o Irã parece ter compreendido que possuir uma bomba
que não poderia utilizar, e se reduzir à situação da Coreia do Norte,
não é uma opção. Poderia contentar-se, como o Japão, em dominar a
técnica, mas manter-se à margem do nuclear militar – que permaneceria a
seu alcance7…
No momento, tudo o empurra a apostar, para sua defesa, em seus ativos
militares tradicionais, que não são desprezíveis. Além disso, o status
de potência regional, a que Teerã aspira desde sempre, passa por um
acordo (ou mesmo uma aliança com os Estados Unidos, assim como Israel ou
a Turquia. Enfim, dado relevante, o tempo corre contra os iranianos: o
sucessor de Barack Obama pode ser mais intransigente.
Obstáculos não faltarão, num e noutro campo. O governo Obama, por
exemplo, precisa obter o aval do Congresso, onde os amigos de Israel
são, sabidamente, numerosos. E será preciso prever o lobby hostil da
Arábia Saudita e de outras petro-monarquias do Golfo Pérsico.
Mas o governo Obama deseja, fortemente, obter um grande acordo
diplomático com o Irã, semelhante ao que Nixon estabeleceu com a China,
em 1972.
Em Teerã, os adversários de um acordo também são poderosos. Mas tudo
indica que um novo ciclo foi aberto. A exemplo do que ocorreu na China,
após a morte de Mao em 1976, e na União Soviética, à época de Mikhail
Gorbachev, há nas profundezas do país um impulso reformador que pode
produzir efeitos mesmo no núcleo ideológico da revolução islâmica –
desde que preserve a estrutura de poder dos ayatolás.
A lógica da História empurra, portanto, Washington e Teerã – que
compartilham uma fé comum no neoliberalismo econômico – rumo ao que
poderíamos chamar de um “acordo heroico”
-
1. Este capítulo trata da “ação em caso de ameças à paz, rupturas da paz ou atos de agressão”.
1. Este capítulo trata da “ação em caso de ameças à paz, rupturas da paz ou atos de agressão”.
2. As exportações iranianas de petróleo caíram de 2,5 milhões de
barris diários, em 2011, para menos de um milhão (segundo os dados mais
recentes da Agência Internacional de Energia).
3. Les Echos, Paris, 30/11/2013.
4. Pode-se acrescentar à lista a recente decisão do município de
Teerã, que retirou das ruas da capital os cartazes
anti-norteamericanos..
5. Le Monde, 9/11/2011.
6. Não se sabe muito bem por quê, já que um acordo entre Washington e
Teerã iliminaria o risco, para Israel, de um Irã nuclear; preservaria a
supremacia atômica israelense no Oriente Médio (como o recente acordo
sobre a Síria preserva a supremacia em armas químicas); e evitaria, para
Telaviv, o risco de uma guerra cara e perigosa.
7. As questões técnicas envolvidas nas negociações dizem respeito
principalmente ao programa iraniano de enriquecimento de urânio.
Washington pede poderes mais amplos para inspecionar as instalações
iranianas. Também não quer que o Irã enriqueça o combustível a 20% (um
índice próximo do militar) e reivindica que Teerã envie a um país
neutro, ou a uma organização internacional, o urânio já enriquecido,
para garantir que ele não será destinado a uso militar. O objetivo é que
o Irã não possua, em hipótese nenhuma, um estoque suficiente para
montar uma bomba, caso seja de seu interesse.
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