Interesses econômicos, ideologia do livre-mercado e crença
infinita na técnica bloqueiam ação contra mudança climática. É uma
aposta mortal. Por Paul Krugman, no New York Review of Books | Tradução: Cristiana Martin
–
Resenha de:
“The Climate Casino: Risk, Uncertainty, and Economics for a Warming World“, de William D. Nordhaus, Yale University Press, 378 pp.
–
Resenha de:
“The Climate Casino: Risk, Uncertainty, and Economics for a Warming World“, de William D. Nordhaus, Yale University Press, 378 pp.
–
1.
Quarenta anos atrás, um jovem e brilhante economista da Universidade
de Yale chamado William Nordhaus publicou um renomado artigo, The Allocation of Energy Resources,
que expandiu fronteiras na análise econômica. Nordhaus argumentou que
era necessário pensar claramente sobre a economia de recursos esgotáveis
como petróleo e carvão, para olhar para o futuro e avaliar seu valor à
medida que vão ficando mais escassos. Esse olhar necessariamente
envolveria considerar, não apenas recursos disponíveis e crescimento
econômico futuro, mas também prováveis futuras tecnologias. Além disso,
Nordhaus desenvolveu um método incorporando todas essas informações –
estimativa de recursos, previsões econômicas de longo prazo e as
melhores previsões de engenheiros sobre custos de futuras tecnologias –
em um modelo quantitativo de preços energéticos em um longo período.
Os recursos e informações de engenheiros para o artigo de
Nordhaus foram, na maioria, organizados e reunidos por seu assistente,
um aluno de graduação de 20 anos que permaneceu longas horas fechado na
Biblioteca de Geologia de Yale, debruçado no “Bureau of Mines” e afins.
Era uma aprendizagem de valor inestimável. Minhas razões para ter
buscado este trecho de história intelectual, no entanto, vão muito além
da revelação pessoal – embora os leitores desta resenha devam saber que
Bill Nordhaus foi meu primeiro mentor profissional. Pois se alguém se
debruçar sobre The Allocation of Energy Resources, aprenderá
duas lições cruciais. Primeiro, que é difícil fazer previsões,
especialmente sobre o futuro distante. Segundo, que às vezes as
previsões devem ser feitas mesmo assim.
Voltando a “Allocation” depois de quatro décadas, o que salta aos
olhos é o quão errado estavam os especialistas a respeito das futuras
tecnologias. Por anos, seus erros pareciam estar em um superotimismo,
especialmente sobre a produção de petróleo e de energia nuclear. Mais
recentemente, as surpresas apresentaram-se do lado oposto. A extração de
petróleo por meio de fracking tem maior impacto imediato nos mercados,
mas a novidade fundamental é a competitividade crescente das energias
solar e eólica – nenhuma das quais apareceu na obra “Allocation”. Os
preços atuais do petróleo, ajustados pela inflação, são praticamente o
dobro do que Nordhaus havia previsto, enquanto o preço do carvão e
especialmente o do gás natural estão bem abaixo de suas bases de
cálculo.
De modo que o futuro é incerto, uma realidade reconhecida no título do novo livro de Nordhaus: The Climate Casino: Risk, Uncertainty, e Economics for a Warming World
(“O Cassino Climático: Risco, Incerteza e Economia para um Mundo em
Aquecimento”, sem edição em português). Ainda assim, as decisões devem
ser feitas levando em consideração o futuro – e às vezes o futuro de
longo prazo. Isso é verdade quando se trata de recursos esgotáveis, em
que cada barril de petróleo queimado hoje é um barril não disponível
para as próximas gerações. É ainda mais verdadeiro para o aquecimento
global, em que cada tonelada de dióxido de carbono emitida hoje
permanecerá na atmosfera, alterando o clima do planeta, para as gerações
vindouras. E, como enfatiza Nordhaus – talvez não tanto quanto alguns
gostariam –, quando falamos em mudanças climáticas a incerteza leva ao
aumento, e não ao enfraquecimento da necessidade de ação imediata.
No entanto, embora a incerteza não possa ser banida da questão do
aquecimento global, podemos e devemos fazer as melhores previsões
possíveis. Acompanhando seu estudo sobre as energias futuras, Nordhaus
tornou-se pioneiro no desenvolvimento de “modelos de avaliação
integrada”, que tentam reunir o que conhecemos sobre dois sistemas – a
economia e o clima –, mapeando a interação entre eles na tentativa de
analisar a relação custo-benefício de políticas alternativas (2). Por um
lado, The Climate Casino é um esforço para popularizar os
resultados dos IAMs e de suas implicações. Mas é também, claro, um
convite à ação. Vou perguntar adiante, nesta resenha, se esse convite
tem alguma chance de sucesso.
2.
Estilisticamente, The Climate Casino deve ser lido mais como cartilha do que como manifesto – algo que certamente frustrará muitos ativistas climáticos.
Trata-se, é bom lembrar, de uma posição característica de Nordhaus:
na comunidade de pessoas razoáveis, que aceitam a realidade do
aquecimento global e a necessidade de fazer algo a respeito, ele tem
assumido o papel de desmistificador, criticando afirmações muito fortes,
que não acredita serem justificáveis por teorias ou evidências. Ele
levantou bandeiras de relativo otimismo sobre nossa capacidade de
adaptação ao aquecimento global moderado. Criticou duramente o estudo de
Nicholas Stern, amplamente divulgado, sobre a economia das mudanças
climáticas, argumentando que não deveríamos pensar nos custos impostos
às futuras gerações devido ao consumo de combustíveis fósseis nas
gerações atuais (3). E assumiu uma postura cética em relação aos
argumentos de Martin Weitzman, de Harvard, de ampla circulação, de que o
risco de efeitos climáticos catastróficos justifica ações muito rápidas
e agressivas para limitar emissões de gases do efeito estufa (4).
Como eu dizia, a participação de Nordhaus nessas controvérsias
frustrou alguns ativistas do clima, até porque adversários de todo e
qualquer tipo de ação contra as mudanças climáticas usaram seus
trabalhos para apoiar a posição deles. Dito isto, é importante notar que
The Climate Casino não é, de modo algum, o trabalho de alguém
cético sobre a realidade do aquecimento global e a necessidade de agir
imediatamente. Ele meio que ridiculariza afirmativas de que as mudanças
climáticas não estão acontecendo ou não são resultado da atividade
humana. E conclama à ação agressiva: sua melhor estimativa sobre o que
deveríamos estar fazendo envolve impor um imposto substancial e imediato
sobre a emissão de carbono, de tal forma a aumentar bruscamente o preço
atual do carvão, e elevá-la gradualmente até mais que o dobro em 2030.
Talvez alguns até considerem essa política inadequada, mas é muito
mais do que existe atualmente na agenda política. Portanto, na prática,
Nordhaus e os ativistas climáticos mais agressivos estão do mesmo lado.
[...]
Então, o que ele diz neste livro? Primeiro, ele revisa a ciência
climática básica. Ao queimar quantidades colossais de combustíveis
fósseis, aumentamos enormemente a concentração de dióxido de carbono na
atmosfera – e certamente a elevaremos muito mais nas próximas décadas. O
problema é que o CO2 é um gás de efeito estufa (assim como muitos
outros gases também liberados em consequência da industrialização): ele
retém calor, elevando a temperatura do planeta.
De que nível de elevação estamos falando? Nordhaus segue o consenso científico do último relatório do Painel Intergovernamental da Mudança Climática
(IPCC), que coloca o provável aumento entre 1,8 e 4 graus centígrados
em 2100. Na verdade, Nordhaus aponta para o máximo deste intervalo, com a
elevação da temperatura em até aproximadamente 6ºC em 2200. Ele observa
também a possibilidade de haver surpresas desagradáveis. Por exemplo,
se o aquecimento levar à liberação de quantidades substanciais de metano
– um poderoso gás de efeito estufa – provenientes do descongelamento da
tundra.
O aquecimento, por sua vez, tem várias consequências para além da
simples elevação das temperaturas. O nível dos mares vai aumentar, tanto
pela própria expansão da água quanto pelo derretimento do gelo. Aqui,
também há a possibilidade de haver surpresas desagradáveis – por
exemplo, o derretimento da camada de gelo da Groenlândia, que, por sua
vez, causaria mais derretimento. Furacões ficarão mais intensos, pois
são “alimentados” por águas mornas. Climas locais podem mudar
drasticamente, com áreas úmidas tornando-se ainda mais úmidas ou
tornando-se secas.
Há também uma importante consequência do aumento dos níveis de CO2,
que não está diretamente relacionada ao aquecimento: os oceanos
tornam-se mais ácidos, com efeitos adversos na vida marítima. Efeitos
devastadores em recifes de coral já são provavelmente inevitáveis.
Quanto prejuízo isso provocará? Nordhaus desenha um contraste entre o
que ele chama de “sistemas gerenciados” – como a agricultura e a saúde
pública, atividades humanas basicamente afetadas pelo clima – e
“sistemas não gerenciáveis”, tais como nível dos mares, acidificação dos
oceanos e desaparecimento de espécies. Comparado a alguns autores,
Nordhaus é relativamente otimista sobre o impacto da elevação das
temperaturas nos sistemas gerenciados. Na verdade, ele resume estudos
que sugerem um provável pequeno aumento das colheitas agrícolas graças a
um ou dois graus de aquecimento, e declara: “É impressionante como este
resumo das evidências científicas contrasta com a retórica popular.”
Ele também vê os impactos na saúde como modestos, ao menos com o
aquecimento provável neste século, com avaliação “similar à da
agricultura”.
Os maiores custos, argumenta Nordhaus, vêm dos sistemas não
gerenciáveis: elevação dos oceanos, furacões mais intensos, perda na
diversidade de espécies, oceanos cada vez mais ácidos. O problema é como
colocar um número nesses custos – o que ele precisa fazer, pois, como
já apontei, seu objetivo é fazer uma análise da relação custo-benefício.
No fim, e apesar da desmistificação, Nordhaus conclui que haverá
custos crescentes conforme a elevação da temperatura vá além dos 2°C – e
um aumento de no mínimo tal grandeza parece, a esta altura, quase
impossível de evitar. Quando se leva em conta o risco de aumentos
surpreendentes na temperatura, surge um impulso incontrolável de agir
para limitar a mudança climática. O problema, então, é qual o tamanho da
ação e que forma ela deveria tomar.
3.
Existe uma facção no debate sobre o clima que reconhece a realidade
do aquecimento global e seus custos, mas rejeita a noção de tentar
limitar a emissão de gases causadores do efeito estufa – seja porque
considera seus custos muito caros, ou (suspeita-se) porque limitar os
impactos humanos no meio ambiente faz com que algumas pessoas imaginem
que isso seja coisa de “hippie”. Assim, essa facção clama por uma
geoengenharia: ao invés de limitar os impactos humanos, nós deveríamos
compensá-los com outros impactos na direção contrária.
Muitos ambientalistas rejeitam a ideia da geoengenharia. Nordhaus
não; ele sugere que esquemas como o bombeamento de aerosóis refletivos
na alta atmosfera poderia livrar o aquecimento global dos gases de
efeito estufa a um preço relativamente barato. Mesmo assim, como ele
aponta, a geoengenharia não iria de fato reverter os efeitos dos gases,
apenas servir para desencadear outros efeitos e isso, apenas em níveis
globais. A acidificação do oceano, por exemplo, iria continuar; e mesmo
se a média da temperatura global pudesse ser estabilizada, poderiam
ocorrer enormes variações em climas e temperaturas locais.
No fim, Nordhaus faz uma bela análise de por que a geoengenharia
deveria ser estudada e, consequentemente, guardada como carta na manga,
da mesma maneira como médicos estudam e guardam em suas mentes
tratamentos perigosos mas poderosos, a serem utilizados apenas, e só
apenas, quando todo o resto falha. A primeira linha de defesa deveria
ser um esforço para limitar o aquecimento global limitando as emissões
de gases. Como isso pode ser feito?
No texto introdutório ao capítulo de Economia do livro, ele fala
sobre o conceito de “externalidades negativas” – custos que as pessoas
impõem aos outros através de ações, sem serem responsabilizadas por
isso. Poluição e congestionamento no trânsito são dois exemplos
clássicos – e emissão de gases é, em nível conceitual, apenas um tipo de
poluição. É verdade, existem aspectos incomuns nesses gases: o mal que
eles causam é global, não local; os prejuízos estendem-se para um futuro
longínquo, ao invés de se manifestarem esporadicamente, e existe o
risco de essas emissões causarem, além de prejuízos, uma catástrofe na
civilização.
Contudo, apesar dos aspectos incomuns, muitas análises do livro
deveriam ser aplicadas. E o que Nordhaus diz é que a melhor maneira de
controlar a poluição é colocar um preço nas emissões, para que os
indivíduos e empresas tenham um incentivo financeiro para reduzi-los.
[...]
Por que tributar o carbono é melhor do que regular diretamente as
emissões? Todo economista conhece os argumentos: medidas para reduzir
emissões podem acontecer em muitas “margens”, e nós deveríamos dar às
pessoas incentivo para explorar essas margens. Deveriam os próprios
consumidores tentar usar menos energia? Eles deveriam mudar seu consumo
para produtos que usam menos energia ao ser fabricados? Deveríamos
tentar produzir energia a partir de fontes com menores níveis de emissão
(gás natural) ou sem emissão alguma (eólica)? Deveríamos tentar remover
o dióxido de carbono (CO2) após o carbono ter sido queimado, ou seja,
por captura e sequestro em complexos de energia? A resposta é: todas
acima. E colocar um preço no carbono, na verdade, dá às pessoas um
incentivo para realizar todas elas.
Por outro lado, seria muito difícil estabelecer regras para conseguir
cumprir todas essas metas; na realidade, apenas conseguir comparar as
emissões para fazer uma simples escolha, seja dirigir um carro ou voar
até uma cidade distante, não é nada fácil. Por isso, estabelecer preços
para carbono é o caminho a ser seguido. [...]
4.
Gostei de The Climate Casino, e aprendi muito com ele. Mesmo assim,
enquanto o lia, não pude deixar de me perguntar para quem, exatamente, o
livro foi escrito. Ele adota um tratamento calmo e fundamentado,
ordenando o que há de melhor em evidências econômicas e científicas em
favor de uma abordagem pragmática da política. E este é o ponto: quase
todo mundo que responde a esse tipo de argumento já é favorável a uma
forte ação contra a mudança climática. O problema são os outros.
Claro que Nordhaus está ciente disso, mas creio que ele minimiza quão
ruim está o cenário. […] O ponto é: há poderes reais por trás da
oposição a qualquer tipo de ação climática – poderes que desvirtuam o
debate, tanto negando a ciência climática quanto exagerando os custos
para reduzir a poluição. E esse não é o tipo de poder que pode ser
afastado com argumentos tranquilos e racionais.
Por que alguns indivíduos poderosos e grandes organizações se opõem
tão fortemente à ação, diante de perigo tão claro e presente? Parte da
resposta é pura e simplesmente interesse próprio. Enfrentar o
aquecimento global envolveria eliminar o uso de carvão, exceto na medida
em que o CO2 puder ser recapturado após o consumo; envolveria redução
do consumo de combustíveis fósseis; e preços substancialmente mais altos
para a eletricidade. Para alguns tipos de negócio, isso significaria
bilhões de dólares perdidos, e para os donos desses negócios, subsidiar a
negação climática tem sido um investimento altamente lucrativo.
Para além disso tudo está a ideologia. “Os mercados sozinhos não
resolverão esse problema”, declara Nordhaus. “Não há ‘solução de livre
mercado’ genuína para o aquecimento global.” Isso não é uma afirmação
radical, é apenas economia básica. Contudo, é um anátema para os
entusiastas do livre mercado. Se você gosta de se imaginar como
personagem de um romance de Ayn Rand,
e alguém diz a você que o mundo não é daquele jeito, que ele necessita
intervenção do governo – não importa quão amigável ao mercado ele possa
ser – sua resposta provavelmente será rejeitar a informação e se apegar a
suas fantasias. E, é triste dizer, um bom número de pessoas influentes
na vida pública norte-americana acredita estar atuando no Atlas Shrugged.
Finalmente, há um forte traço no conservadorismo norte-americano
moderno que nega não só a ciência climática, mas também os métodos
científicos em geral. Uma enquete sugere, por exemplo, que a grande
maioria dos republicanos rejeita a teoria da evolução. Para pessoas com
essa mentalidade, permanecer alheio ao consenso científico sobre a
questão apenas sustenta e alimenta fantasias sobre conspirações malucas.
Daí minha preocupação com a utilidade de livros como The Climate Casino.
Dado o estado atual da política norte-americana, a combinação de
interesse próprio, ideologia e hostilidade à ciência constitui um enorme
obstáculo à ação, e a argumentação racional provavelmente não ajudará.
Enquanto isso, o tempo está se esgotando, à medida que a concentração de
carbono continua a subir.
Ao longo deste livro, o tom de Nordhaus é um pouco cínico, mas
basicamente calmo e otimista: o aquecimento global é, em última análise,
um problema que deveríamos ser capazes de resolver. Só gostaria de
poder compartilhar de sua aparente convicção de que essa possibilidade
vai se traduzir em realidade. Ao contrário, continuo sendo assombrado
por um dado que ele apresenta no início do livro, ao mostrar que temos
vivido em uma era de estabilidade climática incomum – “os últimos 7.000
anos têm sido o período de clima mais estável em mais de 100 mil anos”,
afirma. Como pontua Nordhaus, esta era de estabilidade coincide
exatamente com a ascensão da civilização, e isso provavelmente não é uma
coincidência.
Agora, este período de estabilidade está terminando – e foi a
civilização que produziu isso, por meio da Revolução Industrial e da
queima maciça de carvão e outros combustíveis fósseis. A
industrialização, é claro, tornou-nos imensamente mais poderosos, e mais
flexíveis também, mais capazes de nos adaptar a circunstâncias em
transformação. A Revolução Científica que acompanhou a revolução na
indústria também nos deu muito mais conhecimento sobre o mundo,
inclusive a compreensão sobre o que estamos fazendo com o meio ambiente.
Mas parece que fizemos, sem saber, uma aposta tremendamente perigosa:
a de que seremos capazes de usar o poder e conhecimento que adquirimos
nos últimos séculos para enfrentar os riscos climáticos que
desencadeamos no mesmo período. Vamos ganhar a aposta? O tempo dirá.
Infelizmente, se a aposta não der certo, não teremos outra chance de
jogar.
–
Notas
(1) Brookings Papers on Economic Activity, Vol. 3 (1973).
(2) Ver, por exemplo, William D. Nordhaus and Joseph
Boyer, Warming the World: Economic Models of Global Warming (MIT Press,
2000).
(3) William D. Nordhaus, “A Review of the ‘Stern Review
on the Economics of Climate Change’,”Journal of Economic Literature,
Vol. 45, No. 3 (September 2007).
(4) Ver Martin L. Weitzman, “On Modeling and
Interpreting the Economics of Catastrophic Climate Change,”The Review of
Economics and Statistics, Vol. 91, No. 1 (2009); e William D. Nordhaus,
“The Economics of Tail Events with an Application to Climate
Change”,Review of Environmental Economics and Policy, Vol. 5, No. 2
(2011).
Nenhum comentário:
Postar um comentário