17/12/2011

Mil pessoas homenageiam a Beiras, que augura que "sairá" para o nacionalismo "dentro ou fora" do BNG

Notícia tirada de aqui, a traduçao é de nosso.



Amigos, políticos e personalidades da cultura galega participam no ato no que se engrandeceu a carreira do histórico nacionalista

   Umas mil pessoas participaram neste sábado em 'Á beira de Beiras', um ato no que se engrandeceu a trajetória do catedrático em Economia e histórico nacionalista galego, quem tem augurado que, apesar de que na atualidade "se vive um fim de ciclo", "sairá" para o nacionalismo galego "dentro ou fora" do BNG.

   Visivelmente emocionado momentos antes do evento, o que fora porta-voz nacional do BNG durante vários nos que levou à formação frentista às quotas mais altas de participação, assegurou aos meios se sentir "muito comovido e emocionado", uns sentimentos que, segundo indicou, "se devem ao contexto no que se produz a celebração".

   Neste sentido, tem-se sincerado ao manifestar que "só" aceita esta homenagem como "membro de uma geração", uma questão que, como detalhou, lhe comunicou nos seus momentos aos membros da comissão organizadora do evento, e entre os que se encontrava o falecido Valentín Arias, e cuja ausência, em palavras do homenageado, "é uma tragédia". 

   Assim mesmo, recordou o labor das Irmandades dá Fala, a Geração Nós e do Partido Galeguista, iniciativas das que a sua geração "tomou a testemunha" para começar uma "nova andadura e luta cultural". Precisamente, sobre este percurso, lamentou que "se esteja a jogar abaixo" na atualidade "todo o pouco construído" durante "o franquismo, a partir da Constituição e da Transição" se esteja "a jogar abaixo".

  "Estamos na situação antitética daquela que sonhávamos e pela que tanta gente deu a vida", assegurou antes de situar neste contexto também ao BNG, formação pela que muitos lutaram pára que "continuasse a carreira ascendente em prestígio social e ser o projeto estratégico do nacionalismo galego".

   Ante esta questão, apontou que "não se trata de que com Beiras o BNG fosse de uma maneira e sem Beiras fosse de outra", senão que, como considerou, "o lógico é que tivesse uma capacidade suficiente de pensar no país antes de em os interesses da cada grupo", pois, ao seu julgamento, "quando passa da cooperação à competição isto é terrível".

CRISE SISTÉMICA

   Ante os meios de comunicação, Beiras extrapolou esta situação à sociedade em general ao assegurar que, nestes momentos, se atravessa um "fim de um ciclo histórico a nível mundial" protagonizado por uma "crise sistémica".

   "O ciclo do regime político aberto com a transição está pudriéndose", criticou antes de considerar que este "esgotamento" se pode observar no momento em "o que um Valedor se converte em agressor de valores do Estatuto" --em referência à petição de Benigno López de retirar um livro de texto-- ou "quanto o os Cortes Rajoy e companhia tentam que um grupo parlamentar não tenha grupo".

   Com tudo, valorizou o aparecimento de reações como o 15M, que erigiu em futuro, e tem augurado que, nesta situação de "destruição", também "sairá para o nacionalismo galego", embora, como assegurou "se não é dentro do Bloco será fora dele" porque "o povo não está morto, embora esteja maferido".

HOMENAGEM

   Uma vez no interior do Auditório da Galiza, local no que se celebrou a homenagem, a cerimónia arrancou com a projeção de uma série de fotografias que repasaban a vida de Xosé Manuel Beiras, desde a sua infância até as suas recentes intervenções como membros do Foro Social Europeu.

   Depois deste percurso pela história política e académica do homenageado, que foi observado desde as butacas por centenas de amigos e pessoas relacionadas com o galleguismo, os jornalistas Xosé Ramón Fandiño e Camba Campoy recordaram a trajetória biográfica do histórico nacionalista, enquanto Manuel Caamaño --colega de Beiras desde os tempos de PSG-- realizou uma intervenção central em nome de todos os presentes.

   Além destas intervenções, o editor Víctor Freixanes apresentou o livro 'A Beira de Beiras', depois da qual tiveram local várias atuações musicais como a dos músicos Nando Casal e Roi Casal; ou Luis Soto e Javier Vázquez que interpretaram peças musicais que emocionaram a Beiras, quem se levantou da butaca em várias ocasiões para abraçar aos interpretes.

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