07/12/2010

EUA CLASSIFICAM BENS DO BRASIL COMO "VITAIS" PARA ELES

Artigo tirado de aqui e publicado em origem, excepto a engádega final e a imagem, aqui.



BENS BRASILEIROS SÃO "VITAIS" PARA EUA E INTEGRAM LISTA VAZADA PELO WIKILEAKS

Deu na “Folha.com" de hoje:

“Recursos minerais e redes de comunicação no Brasil estão na lista de itens estratégicos dos EUA. É o que revelam os telegramas de diplomatas americanos ao Departamento de Estado do país vazados ontem (6 dez) pelo WikiLeaks.

De acordo com eles, reservas minerais em Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul passaram a ser consideradas "locais vitais". Isso porque qualquer problema no suprimento das matérias-primas extraídas nesses lugares afetaria diretamente a indústria americana.

Hoje, o Brasil possui 98% das reservas de nióbio do mundo, e os EUA estão entre os maiores consumidores. O metal é usado na fabricação de peças de automóveis, aviões, obras de infraestrutura e até lâminas de barbear.

Por isso, o governo americano incluiu duas minas brasileiras de nióbio como prioritárias. Uma delas pertence à CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração) e fica em Araxá, Minas Gerais. Sozinha, ela atende 80% do mercado mundial.

A outra jazida é explorada pela inglesa Anglo American no complexo mineral de Ouvidor e Catalão, em Goiás.

A Vale tem duas jazidas na lista. Uma delas é a de minério de ferro em Corumbá (MS). Neste caso, o interesse se justifica pela alta concentração de ferro no minério, considerado um dos melhores do mundo. Outra é a de manganês, em Urucum (MS), usado em siderúrgicas.

TELECOMUNICAÇÕES

As redes de comunicação (telefonia, internet e dados) foram colocadas no mesmo patamar de prioridade.

Para o governo americano, danos ocorridos nos cabos submarinos da Globenet ou da Americas II podem deixar o país com dificuldade de contato com suas empresas no Brasil. Sites com extensão ".com" teriam problemas de acesso afetando também o comércio eletrônico entre os dois países.

Esses cabos são feitos de fibra óptica e estabelecem a conexão entre centrais de operadoras de telefonia dos dois países. A maior parte de seus 30 mil km de extensão encontra-se submersa.

Somente a rede da Globenet possui 22 mil km de fibras. No Brasil, os cabos submarinos se conectam às centrais da operadora Oi, dona da Globenet desde 2009.

Esses cabos se ligam em solo a duas centrais da Oi, uma em Fortaleza, no Ceará, e outra no Rio de Janeiro.

Criada em 2000, a rede de cabos da Americas II parte dos EUA e, no Brasil, se conecta em Fortaleza à central da Embratel.”

[OBSERVAÇÕES DESTE BLOG:

Esses interesses estratégicos norte-americanos sobre os bens brasileiros explicam muita coisa, há muito tempo, inclusive, as “privatizações” bondosas, dadivosas para os EUA, realizadas no estranho governo antinacional demotucano de FHC.

A lista de casos é imensa e chocante. Cito, como exemplo, somente a venda da estatal EMBRATEL, empresa mencionada no texto acima da “Folha”.

A estatal Embratel/Telebras não foi somente “privatizada”. Foi integralmente estrangeirizada, vendida 100% para a empresa MCI dos EUA (que depois a revendeu para grupo mexicano, com condições por nós desconhecidas, sem qualquer pergunta ao governo brasileiro).

Recordo trechos de postagem deste blog em 26 de julho de 2008:

(...) “O Brasil, naquela loucura “neoliberal” (FHC), fez algo surpreendente e inédito no mundo, que, na época, foi muito elogiado como "corajoso avanço" no exterior e aqui também, pelo governo e pela mídia... Desprezou totalmente a Segurança Nacional. Passou 100% do controle de todos os serviços de telecomunicações de longa distância do país (a EMBRATEL/Telebras etc) para somente uma empresa norte-americana! Foi para a pré-concordatária MCI, ex-“WorldCom”, que algum tempo após veio a ser famosa no mundo pelas gigantescas fraudes contábeis em seus balanços.” (depois, a MCI vendeu a “nossa” EMBRATEL/Telebras para a mexicana Telmex, sem dar a mínima satisfação ao governo brasileiro).

(...) “Toda a comunicação de longa distância no Brasil (militares, diplomáticas, comerciais) passa pelos satélites B1, B2, B3, B4 e outros mais que são da Embratel/Telebras que, por obra dos demotucanos, passou para a propriedade integral dos EUA e, agora, com pré-condições que não nos foram reveladas, é de um investidor do México (o Carlos Slim). O México, pela sua infeliz vizinhança, é um país totalmente dominado e dependente e, em consequência, "muito aliado" (NAFTA etc) dos norte-americanos”].

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