26/03/2011

Novo castigo eleitoral para a CDU de Angela Merkel

 Artigo tirado de aqui.

http://imagens.publico.pt/imagens.aspx/333575?tp=UH&db=IMAGENS&w=350&t=1301171331,53047
Os conservadores alemães ganharam as eleições regionais na Saxónia-Anhalt e deverão continuar a governar em coligação com os sociais democratas. Ganharam mas foram castigados, perdendo mais de três pontos percentuais em relação às últimas eleições.

Em pleno debate nuclear, após o acidente na central de Fukushima no Japão, os Verdes duplicaram o seu resultado para os sete por cento. E Merkel foi penalizada pelas suas posições consideradas puramente eleitoralistas pela maioira dos alemães no que toca à política nuclear da Alemanha.

A CDU de Merkel continua a ser a primeira força política neste estado-federado da ex-RDA mas terá recolhido menos de 33 por cento dos votos. O partido da esquerda radical (Die Linke) obteve 23,5 por cento dos votos e os sociais-democratas do SPD ficaram com 21,5 dos votos. A possibilidade de uma coligação entre estes dois partidos foi colocada antes das eleições, mas ontem o SPD rejeitou ser o parceiro minoritário de um governo liderado pelo Die Linke.

Os Verdes, que vão de vento em popa a nivel nacional mas estão pouco representados na ex-RDA, vão entar no parlamento regional de Magdebourg. Quem vai continuar à porta - contrariando as sondagens - são os neonazis do NPD. Presentes em dois parlamentos regionais da ex-RDA, não conseguiram ultrapassar a barreira dos cinco por cento necessários para entrar na assembleia.

Também os Liberais do FDP, parceiros de coligação de Merkel no Governo federal, não conseguiram chegar aos cinco por cento.


Estas eleições neste Estado fortemente afectado pelo desemprego e com um eleitorado volátil, foram as segundas de uma maratona de sete eleições regionais que se realizam este ano na Alemanha. A nivel nacional não suscitaram grande interesse até acontecer a catástrofe nuclear no Japão, que transformou o escrutínio num teste para a chanceler alemã.

Merkel anunciou a suspensão por pelo menos três meses da decisão de prolongar a duração da vida de sete centrais nucleares até 2020, meses depois de ter tomado esta decisão. Os alemães consideraram “pouco credível” esta mudança de planos, segundo duas sondagens. Para a semana, nas cruciais eleições de Bade-Wurtemberg, a CDU arrisca-se a perder um Estado que governa há 58 anos.

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