Um ano depois da entrada do FMI na Grécia, os receios de reestruturação da dívida levaram a remuneração das obrigações gregas a ultrapassar os 25 por cento pela primeira vez na história da Zona Euro.
Os juros da dívida grega ascendem a 25,029 por cento, tendo já tocado o máximo histórico de 25,254 por cento, isto um ano depois da “ajuda” europeia e do FMI. Esta taxa representa um máximo desde que foi criada a Zona Euro.
A “yield” da dívida grega avança 78,6 pontos base para 25,029 por cento, tendo já tocado o máximo histórico de 25,254 por cento, isto um ano depois da “ajuda” europeia e do FMI. Esta taxa representa um máximo desde que foi criada a Zona Euro.
Segundo o Jornal de Negócios, nas restantes maturidades a tendência de subida dos juros é a mesma. O juro da dívida a 10 anos voltou a fixar um novo recorde pela nona sessão consecutiva. Os juros nesta maturidade ascendem 71,2 pontos base para 16,039 por cento.
Os “especialistas nos mercados” citados pelo Negócios apontam como causa a hipótese que tem sido muito especulada sobre a reestruturação da dívida grega.
A taxa de juro das obrigações portuguesas também está a aumentar. Os títulos a dois anos avançam 10,9 pontos base para 11,788 por cento e as obrigações a 10 anos avançam 9,8 pontos base para 9,699 por cento. Nas obrigações a cinco anos os juros ascendem aos 11,799 por cento.
A subida dos juros portugueses e gregos surge um dia depois de um relatório de Bruxelas ter mostrado que Irlanda, Grécia, Espanha e Portugal apresentaram os défices mais elevados da zona euro em 2010. Também esta terça-feira, um dos conselheiros económicos da chanceler alemã Angela Merkel, Lars Feld, disse que a Grécia não vai conseguir levar a cabo o plano de consolidação orçamental sem reestruturar a sua dívida.
Também esta terça-feira, soube-se que o Banco Central Europeu voltou a não adquirir obrigações da zona euro na semana passada, o que aconteceu pela quarta semana consecutiva.
Desde que iniciou o programa de compra de títulos de dívida dos países da união monetária, em Maio do ano passado, numa tentativa de travar a escalada dos juros da dívida de países como a Grécia, Irlanda e Portugal, que o banco central nunca tinha estado tanto tempo sem ir ao mercado, segundo notícia do Diário Económico.
Além disto, o comissário dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, revelou que não estão a ser estudadas alternativas à rejeição da ajuda financeira a Portugal, caso não haja um consenso entre todos os Estados-membros. A Finlândia ainda não definiu a sua posição em relação ao resgate português.
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