15/12/2011

FMI, BCE e UE exigem à Grécia que reduza o salário mínimo dos 751 euros atuais para os 450

Tirado de Diário Liberdade (aqui). LibreRed [Tradução do Diário Liberdade]


  151211_grecia_crise O salário mínimo na Grécia é de 751 euros e o Fundo Monetário Internacional (FMI), a União Europeia (UE) e o Banco Central Europeu (BCE), exigiram nesta terça-feira em Atenas que seja reduzido até os 450 euros.

No entanto, o ministro de Trabalho grego, Yorgos Kutrumanis, descartou reduzir o salário mínimo como exigem o FMI, a UE e o BCE. Depois de uma reunião com o primeiro-ministro, Luca Papademos, Kutrumanis disse à imprensa que essa medida "está fora de toda discussão".

FMI, UE e BCE também exigiram a abolição do acordo entre patronato e sindicatos do passado verão, que prevê respeitar o salário mínimo e prevê ainda subidas salariais de 1,5 % em julho de 2011 e de 1,7 % em 2012, inferior à inflação, que ronda os 3 % na Grécia.

Além disso, também propõem que se reduzam os custos não trabalhistas do trabalho, com um corte "drástico" da participação empresarial nos fundos de pensões.

A visita dos representantes do FMI, a UE e o BCE, que se prolongará até o fim de semana, tem como objetivo exigir a adoção de uma série de medidas ultraliberais ditadas pelo Grande Capital (Bancos, grandes empresas, seguradoras, fundos de investimento, fundos de pensões privados, investidores internacionais...).

Entre as medidas, encontram-se novos cortes em despesas sociais, embaratecimento da demissão de trabalhadores e novas privatizações.

Na agenda também se encontra a assinatura de um documento por escrito em que o Governo grego se compromete a aplicar um conjunto de medidas para seguir recebendo empréstimos até 2020.

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