01/04/2012

Fogo florestal destrói parte das fragas do Eume e avança sem controlo

Tirado de aquí. Não se indica na noticia original, polo que o assinalamos aqui, que se registaram mais de quatro focos simultâneos - o que demonstra a sua intencionalidade- nem que há interesses para criar uma mina de andaluzita no seio de grande parte do parque natural que contava com o beneplácito da Junta da Galiza presidida por Alberte Núñez Feijoo. De continuar assim o tempo avizinha-se um novo Prestige alimentado pela incompetência do PP.



Mais de 200 hectares terám sido calcinados polo fogo declarado neste sábado num dos mais valiosos espaços naturais da Galiza, última mostra da floresta atlántica europeia que ainda nom tinha sido destruída polo espólio capitalista do nosso país.

Ao que todo indica, a exceçom foi devorada pola regra e as fragas do Eume, que se encontra rodeada por eucaliptais que favorecem a extensom dos fogos, nomeadamente em tempos de seca prolongada como os que vivemos.

A declaraçom de "alerta 1" por parte da Junta da Galiza nom parece ter servido de grande utilidade na Capela onde, um incêndio de grandes proporçons e ainda sem controlo no momento de escrevermos estas linhas, devora parte do coraçom da floresta autóctone em torno do Mosteiro de Caaveiro.

Umha densa cortina de fumo cobriu o céu entre Ferrol e a Corunha, enquanto os meios anti-incêndios da Junta mostravam a sua impotência para apagar um fogo de grandes dimensons que até ameaçou as áreas habitadas, obrigando a evacuar centenas de pessoas de numerosas casas. Em simultáneo, produzírom-se incêndios noutros pontos do noroeste da Galiza: Sam Sadurninho (Trasancos), Ortigueira (Ortegal) e as Pontes (Eume) registárom fogos alimentados polos fortes ventos e a fala de meios para encarar a crise por parte das administraçons públicas.

Mais e mais fogos, reduzidos meios materiais e humanos

Também no interior do sul da Galiza, em concelhos como Entrimo, Aviom e Fornelos de Montes, ardêrom mais de 300 hectares ao todo, completando umha grande paisagem de destruiçom florestal em poucas horas, sem que os recursos para o combate aos incêndios tenham sido efetivos para evitar a destruiçom de centenas de hectares. A continuada reduçom do pessoal especializado na luita contra o lume florestal, denunciada polos sindicatos, é umha das chaves que explicam os efeitos devastadores dos incêndios após um inverno especialmente seco.

Contodo, o fogo mais grave é o das fragas do Eume, declaradas Parque Natural em 1997, e que vam da costa da ria de Ares até o município de Monfero, prolongando-se por umha suprefície de 9.125 hectares, 3.497 dos quais som floresta autóctone atlántica galega; 406 som massa de água e o resto, mato, cultuvio e pastiçais. A zona autóctone conta com espécies vegeais únicas, dentro de umha grande biodiversidade que inclui 23 espécies de árvores (carvalhos, castaneiros, bétulas, freixos, teixos...), bem como 126 espécies de animais vertebrados e 103 aves. Salientam os lobos, os gatos monteses, os javalis, corços, cevos, gamos e martas.

Quem vai responder pola responsabilidade no desastre?

Meios de comunicaçom nacionais e internacionais informam sobre o incêndio nas fragas do Eume, devido à importáncia ambiental de um espaço único no continente europeu. Se bem a atividade económica incontrolada, permitida e mesmo alimentada polas administraçons públicas, tem reduzido progressivamente a extensom dessa floresta, o incêndio declarado neste sábado acelerará ainda mais a sua destruiçom, sem que seguramente nengum governante ou instituiçom pública responda pola sua responsabilidade da preservaçom do património natural galego.

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