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Mais um cadáver foi localizado em águas territoriais
espanholas na costa de Ceuta este sábado. Governo reconheceu que a
Guarda Civil disparou balas de borracha e bombas de efeito moral quando,
no dia 6, mais de 250 imigrantes nadavam para a praia em Ceuta.
O espigão que impede o acesso de imigrantes a Ceuta.
A tragédia está a provocar uma crise política em Madrid e já levou a própria Comissão Europeia a questionar a ação das forças de segurança do Estado espanhol.
Governo espanhol disse e desdisse
Num primeiro momento, foram o delegado do governo de Ceuta e o diretor da Guarda Civil que negaram que a Guarda Civil tivesse disparado sobre imigrantes que nadavam em desespero, apesar de todos os dias aparecerem mais cadáveres. No dia 13, porém, o ministro do Interior, Jorge Fernández Díaz, mudou a versão e reconheceu que de facto fora feitos disparos quando os imigrantes estavam na água, apesar de afiançar que as balas não foram na sua direção e sim para o ar, na tentativa de fazê-los voltar para trás.
Alguns dos imigrantes sobreviventes, ouvidos pelo diário El País, negam essa afirmação e garantem que os guardas dispararam sobre eles como se fossem galinhas. Seja como for, parece absolutamente claro que o pânico provocado pelas bombas e tiros provocou o afogamento de muitos.
Apesar das evidências, o governo espanhol continua a defender que a atuação das forças de segurança foi “proporcionada”.
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