Nova tirada do Diário Liberdade - O presidente da direita, Nicolas Sarkozy, enfrentou nesta terça-feira a maior mobilizaçom de massas de toda a legislatura, com entre 1,1 e 2,5 milhons de pessoas em mais de 200 cidades francesas.
A greve convocada polos sindicatos tenciona evitar a aprovaçom de umha reforma da Lei de pensons que atrasará em dous anos a reforma dos trabalhadores e trabalhadoras, passando de 60 para os 62 anos.
O governo reconheceu a importante adesom da classe trabalhadora à convocatória, que se concretizou em duas centenas de manifestaçons um pouco por todo o país, sendo a maior a da capital, com 270.000 participantes, segundo as centrais sindicais convocantes. Porém, garantiu que nom haverá mais que concessons cosméticas às reivindicaçons populares, mantendo a essência da reforma das pensons, de inspiraçom neoliberal.
As grandes manifestaçons, as maiores da década segundo algumhas fontes, confirmam umha tendência positiva das mobilizaçons de massas em França, ao duplicar as da anterior greve, decorrida há dous meses. A greve desta terça paralisou sectores importantes da actividade, como os transportes ferroviários e urbanos (45% da actividade habitual) e aéreos (25%), bem como as repartiçons e serviços públicos (60% da educaçom, 25% dos correios...).
Mais de 70% da populaçom francesa manifestou o apoio à jornada em inquéritos realizados nas últimas horas, incluída a base de votantes do presidente.
Se bem o executivo de Sarkozy manifesta intransigência perante as reivindicaçons populares, convém lembrar que o povo francês já conseguiu derrotar iniciativas ultraliberais dos seus governos capitalistas. Assim aconteceu em 1995, quando o entom presidente Jacques Chirac nom conseguiu impor umha reforma de pensons e sanitária, e em 2006, quando o estudantado derrotou a reforma laboral que impunha salários baixos por lei para a juventude.
No futuro imediato poderemos comprovar se, mais umha vez, a luita da classe trabalhadora francesa tomba umha iniciativa antipopular do governo da burguesia.
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