Artigo tirado de aqui. A traduçom é a adaptaçom para o público galego é de nosso.
Ignacio e Arsenio Escolar destapam num livro os falsos mitos e lendas sobre os que se construiu a história de Castela, base hegemónica do estado-naçom espanhol nado em 1812.
Meado o século XIII, o rei de Castela Afonso X, IX da Galiza onde se criou e aprendeu o galego, aspirava a converter-se em imperador do Sacro Império Romano-Germánico. Conhecido como o Sábio, a sua actividade reformadora e conquistadora foi abrumadora. Intensificou a ocupaçom militar de Al-Andalus - como se vê na sua cantiga escarnica cujo refrám é que faroneja?-, liou com umha rebeliom mudejar e outras dos seus próprios nobles, repoblou a Península de norte a sul, impulsou leis sobre as mais variadas matérias, saneou a fazenda, foi um mecenas cultural e até escreveu livros sobre direito, astronomia ou medicina, para além das Cantigas de Santa Maria, que se conservam em quatro códices, e cantigas de escarnho e maldizer, d'amigo e de amor. Castela, entom, ia caminho de converter-se num grande império, embora Afonso IX da Galiza e X de Castela era ciente dumha importante fraqueza do reino, a sua curta história: foi dos últimos em criar-se (ano 1065) e na verdade nom tivo um papel determinante nos primeiros séculos da reconquista a diferença da marca hispánica, logo Reino de Catalunya e Aragom, e do Reino da Galiza, invariavelmente chamado assim nas crónicas árabes e ainda europeas desde o século VII, logo denominado pola historiografia espanhola de Asturies ou de Lliom. Comvem, alias, nom esquecer que o Reino da Galiza nom é apagado nominalmente até a divisom provincial de Javier de Burgos quando o estado-naçom liberal bourbónico levava já anos em andamento.
"Alfonso X necesitaba presentar Castilla como lo más puro y legendario posible. ¿Cómo lo hace? Exagerando lo que le interesa y minimizando lo que no, dando por válidos mitos y leyendas creados por una serie de personajes muy concretos que reinventaron el pasado de Castilla para que casara con esa época ya gloriosa de imperio. Esas exageraciones y medias verdades acabaron pasando a la corriente histórica como verdad incontestable", explica o colunista e ex-director de Público Ignacio Escolar, autor junto a seu pai, o também jornalista Arsenio Escolar, do livro La nación inventada, que publicará a editora Península o próximo 30 de setembro.
Os autores resgatam as últimas teses dos historiadores para constatar que desde finais do século XII e até meados do século XIII, um feixe de cronistas e poetas inventou umha pátria, Castela, criando umha série de falsos mitos e ensalçando a determinadas personagens que, na verdade, nom fôrom tam importantes. "Castilla es uno de los últimos reinos que aparecen, pero estas maniobras la sitúan como el gran reino que desde siempre se empeñó en la reconquista. Le ponen un origen equivalente a la Asturias de Don Pelayo y no es así ni de lejos. La Asturias de Don Pelayo nace en el año 718, mientras que Castilla como tal no aparece hasta 1065, más de 300 años después", enfatiza Arsenio Escolar.
O Cide foi na verdade "un señor de la guerra lleno de claroscuros". Nem o Cide se livra. Os cronistas da época, anónimos em sua maioria, projectárom sobre a figura do cavaleiro todo tipo de virtudes que quase o elevavam à categoria de santo, quando "en realidad fue un señor de la guerra lleno de claroscuros, capaz de ganar batallas después de muerto", dim os autores.
Também Fernán González, considerado o grande pai de Castela e um herói da independência do reino, jogou um papel muito mais discreto do que lhe atribuem aquelas primeiras crónicas. "En los tres siglos que siguen a su muerte no hay ni un papel que le mencione. Sólo después, cuando un fraile escribe la historia de Castilla desde la abadía donde está enterrado Fernán González, decide convertirlo en un gran personaje. Y lo hace porque tiene los restos del conde a su lado y le interesa convertir el lugar en una zona de peregrinos", sustém Ignacio Escolar.
Os dous jornalistas acreditam que este livro ajuda a tomar distáncia com o mapa da Península na actualidade. A configuraçom presente, segundo Ignacion, "se debe a decisiones de reyes que más tarde se convierten en realidades culturales, pero que en el momento en que suceden no existen como tal".
Em resumo, como dizia aquela crónica medieval "Ca tuvo Galizia reyes, antes que Castilla leyes".
Meado o século XIII, o rei de Castela Afonso X, IX da Galiza onde se criou e aprendeu o galego, aspirava a converter-se em imperador do Sacro Império Romano-Germánico. Conhecido como o Sábio, a sua actividade reformadora e conquistadora foi abrumadora. Intensificou a ocupaçom militar de Al-Andalus - como se vê na sua cantiga escarnica cujo refrám é que faroneja?-, liou com umha rebeliom mudejar e outras dos seus próprios nobles, repoblou a Península de norte a sul, impulsou leis sobre as mais variadas matérias, saneou a fazenda, foi um mecenas cultural e até escreveu livros sobre direito, astronomia ou medicina, para além das Cantigas de Santa Maria, que se conservam em quatro códices, e cantigas de escarnho e maldizer, d'amigo e de amor. Castela, entom, ia caminho de converter-se num grande império, embora Afonso IX da Galiza e X de Castela era ciente dumha importante fraqueza do reino, a sua curta história: foi dos últimos em criar-se (ano 1065) e na verdade nom tivo um papel determinante nos primeiros séculos da reconquista a diferença da marca hispánica, logo Reino de Catalunya e Aragom, e do Reino da Galiza, invariavelmente chamado assim nas crónicas árabes e ainda europeas desde o século VII, logo denominado pola historiografia espanhola de Asturies ou de Lliom. Comvem, alias, nom esquecer que o Reino da Galiza nom é apagado nominalmente até a divisom provincial de Javier de Burgos quando o estado-naçom liberal bourbónico levava já anos em andamento.
"Alfonso X necesitaba presentar Castilla como lo más puro y legendario posible. ¿Cómo lo hace? Exagerando lo que le interesa y minimizando lo que no, dando por válidos mitos y leyendas creados por una serie de personajes muy concretos que reinventaron el pasado de Castilla para que casara con esa época ya gloriosa de imperio. Esas exageraciones y medias verdades acabaron pasando a la corriente histórica como verdad incontestable", explica o colunista e ex-director de Público Ignacio Escolar, autor junto a seu pai, o também jornalista Arsenio Escolar, do livro La nación inventada, que publicará a editora Península o próximo 30 de setembro.
"Equiparan el origen de Castilla al de Asturias [Galiza] y no es así ni de lejos"
Pai e filho, ambos naturais da província de Burgos, propugérom-se emular a Indro Montanelli e a sua História de Roma com um relato divulgativo, para o grande público, e com técnicas jornalísticas sobre umha época nom de todo clarificada."La historia de Castilla es un momento de la historia de España bastante desconocido: la gente llega a los Reyes Godos, los recita con rapidez, de ahí nos invaden los moros, volvemos con los Reyes Católicos y en medio no ha pasado nada", afirma Ignacio Escolar.Os autores resgatam as últimas teses dos historiadores para constatar que desde finais do século XII e até meados do século XIII, um feixe de cronistas e poetas inventou umha pátria, Castela, criando umha série de falsos mitos e ensalçando a determinadas personagens que, na verdade, nom fôrom tam importantes. "Castilla es uno de los últimos reinos que aparecen, pero estas maniobras la sitúan como el gran reino que desde siempre se empeñó en la reconquista. Le ponen un origen equivalente a la Asturias de Don Pelayo y no es así ni de lejos. La Asturias de Don Pelayo nace en el año 718, mientras que Castilla como tal no aparece hasta 1065, más de 300 años después", enfatiza Arsenio Escolar.
O outro Cide
O Cide foi na verdade "un señor de la guerra lleno de claroscuros". Nem o Cide se livra. Os cronistas da época, anónimos em sua maioria, projectárom sobre a figura do cavaleiro todo tipo de virtudes que quase o elevavam à categoria de santo, quando "en realidad fue un señor de la guerra lleno de claroscuros, capaz de ganar batallas después de muerto", dim os autores.
Também Fernán González, considerado o grande pai de Castela e um herói da independência do reino, jogou um papel muito mais discreto do que lhe atribuem aquelas primeiras crónicas. "En los tres siglos que siguen a su muerte no hay ni un papel que le mencione. Sólo después, cuando un fraile escribe la historia de Castilla desde la abadía donde está enterrado Fernán González, decide convertirlo en un gran personaje. Y lo hace porque tiene los restos del conde a su lado y le interesa convertir el lugar en una zona de peregrinos", sustém Ignacio Escolar.
Os dous jornalistas acreditam que este livro ajuda a tomar distáncia com o mapa da Península na actualidade. A configuraçom presente, segundo Ignacion, "se debe a decisiones de reyes que más tarde se convierten en realidades culturales, pero que en el momento en que suceden no existen como tal".
Em resumo, como dizia aquela crónica medieval "Ca tuvo Galizia reyes, antes que Castilla leyes".
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