Artigo extraído de aqui. A entrevista realizárom-na Cordula Eubel e Matthias Meisner. A traduçom para o galego-português desde o castelhano é de nosso. |
DIE ZEIT: Senhor Lafontaine, desde há 100 días já nom é você um dos presidentes de Die Linke. Bota de menos estar na primeira linha da política? Oskar Lafontaine: Os novos presidentes do partido, Gesine Lötzsch e Klaus Ernst, estám-no fazendo bem. No momento que me pidam concelho, por descontado emprestarei-lho. DIE ZEIT: Houvo algum intre em que se tenha arrependido da sua retirada da política federal? Lafontaine: Momentos desse tipo há-os por suposto sempre quando se está politicamente comprometido. Porém a minha retirada tivo motivaçons de peso. Um cacro nom é cousa para brincar. DIE ZEIT: Até o jornal do partido, o Neues Deutschland, apresenta o futuro da nova direcçom com cores mais bem cinsentas. O partido de A Esquerda nom consegue, sustenta o rotativo, influir no debate público. Onde se encontra o problema? Lafontaine: A nossa opiniom é quase sempre silenciada sistematicamente nos mídia, por isso nom conseguimos o eco de que gostariamos. A oposiçom, para muitos mídia, limita-se ao SPD e aos Verdes. Tamém nós cometemos erros. Nom deveriamos encarnizar-nos em debates internos superfluos, mas procurar o debate político com outros partidos. Um tema decisivo som as aposentadorias. DIE ZEIT: O SPD quer pospor o aumento da idade de reforma até os 67 anos. Satisfai-lhe este troco de rumbo? Lafontaine: Trata-se dumha correcçom muito modesta. A decisom dos socialdemócratas nom muda rem: a pobreza da terceira idade está pré-programada. A quantidade das aposentadorias - e isto nada tem a ver com a reforma aos 67 anos- será, através de diversos factores, recurtada em 33%. Quem hoje ganhe 1.000 euros ao mês, depois de 45 anos de trabalho ficará com umha aposentadoria de 400 euros mensuais. DIE ZEIT: Como é que deve, pois, reaccionar a política ao aumento da esperança de vida? Lafontaine: Os ordenados devem sempre seguir a produtividade. Na Alemanha o desenvolvimento dos salários nos últimos trinta anos foi 30% mais débil que em Luxemburgo. Se os ordenados subiram, também subiriam as aposentadorias, já que os trabalhadores poderiam contribuir mais para a reforma: um ou dous pontos percentuais. Se realmente se quer ajudar aos reformados, deve pôr-se fim ao dumping salarial na Alemanha. DIE ZEIT: Muitos esperárom que trás a sua retirada o trabalho conjunto da oposiçom fosse mais doado. Mas aconteceu justamente a contrário. Por quê é que nom conseguórom SPD e Die Linke melhorar as suas relaçons? Lafontaine: Isso deve-se ao programa. O SPD e os Verdes estám polo Hartz IV, estám pola destruiçom das fórmulas de aposentadorias e aderem a participaçom do exército alemám na guerra de Afeganistám. Nom imos dar o nosso brazo a torcer soamente o SPD e os Verdes revisem as suas decisons anteriores se nom fam algo mais. DIE ZEIT: Polo menos no SPD regista-se algo de movimento. Nom deveria tender Die Linke a mao polo menos umha vez aos socialdemócratas? Lafontaine: Parece-me lógico que o SPD corija os erros que o levárom a umha perda de confiança dos seus partidários. Mas nom podemos abandonar o nosso rejeitamento à guerra para cair-lhes mais simpáticos ao SPD. DIE ZEIT: Tem umha coligaçom vermelho-vermelho-verde [SPD-Linke-Verdes] algumha opçom para as eleiçons federais 2013? Lafontaine: É simplesmente umha questom de objectivos políticos. Nom estou em posiçom de prever como se modificará até entom o programa dos socialdemócratas. DIE ZEIT: Seria entom razoável que DIE LINKE participasse no governo federal ou num parlamento ocidental? Lafontaine: Umha coligaçom num parlamento ocidental ou a nível federal figérom-na fracassar até a data e por regra geral o SPD ou os Verdes. Só sucederá se nalgum momento ambos partidos reconhecem que a nível federal apenas podem dar passos significativos em, por exemplo, a política educativa ou energética, se se estabelece um trabalho conjunto com Die Linke. E a nível federal dará-se umha recuperaçom do estado social e umha política exterior pacifista apenas com Die Linke.xterior pacifista apenas com Die Linke. DIE ZEIT: ¿Por que nom se aproveitou até a data Die Linke nem da desconfiança crescente dos alemáns para o capitalismo nem das pelejas constantes da coligaçom governante? Lafontaine: Nom conseguimos que calem as melhores propostas. Também algumhas federaçons regionais devem superar dumha vez as suas liortas internas e concentrar-se no trabalho concreto. Alguns dos nossos militantes ou dos nossos políticos mais importantes dedicam-se a criticar amiúdo publicamente o nosso trabalho em vez de planejar propostas com conteúdo que convençam aos nossos votantes. Nos mídia som apresentados como "reformistas". Isto é surpreendente, porque nom conheço que nengumha destas pessoas tenha planejado nem umha soa proposta de reforma. Esto es sorprendente, porque no conozco que ninguna de estas personas haya planteado ni una sola propuesta de reforma. DIE ZEIT: Você criticou repetidamente a coligaçom vermelha-vemelha de Berlim. Gostaria de que esta coligaçom se disolvera trás as eleiçons ao senado berlinês de 2011? Lafontaine: Estou a favor de que DIE LINKE participe no governo. No entanto, só no sentido dumha política progressista. Isto é o que desejo, por suposto, também para Berlim. Ali seria por exemplo muito importante que Die Linke evitasse a privatizaçom das maiores caixas de aforro da Alemanha. DIE ZEIT: Deve continuar a coligaçom vermelha-vermelha em Berlim? Lafontaine: Se se derem as condiçons, por suposto. DIE ZEIT: Pode imaginar-se um retorno à política federal, se a saúde lho permite? Lafontaine: Temos una direcçom elegida. Figérom-se circular toda sorte de especulaçons para fazê-la tambalear-se. Trata-se evidentemente dumha estratagema em que nom deveriamos cair. DIE ZEIT: Muitos vem-no no papel de presidente do partido à sombra. Nom é assim? Lafontaine: Vocês sempre me venhem com esses qualificativos tam fixes. Gregor Gysi já foi apresentado amiúdo como o presidente do partido na sombra. Os nossos presidentes som Gesine Lötzsh e Klaus Ernst. Depois venhem as "eminências cinsentas" e os "reformistas", os "anarquistas" e os "atolados", os "comunistas de formigom armado" e os "socialistas de governo". Os mídia necessitam estas lambetadas. Ademais, todo isto aplica-se a todas as forças que determinárom o nosso partido. DIE ZEIT: Alegra-se de que como ex-presidente já nom tem que justificar-se polo seu estilo de vida, os seus ingressos ou as estatísticas de militáncia? Lafontaine: Esse é justamente o preço que todos os políticos de partidos e esquerda em funçons dirigente tenhem de pagar. A tentaçom de fomentar a inveja é grande se tenhem uns ingressos mais elevados que alguém que recebe a ajuda social do Hartz IV. Assim pode-se distrair a atençom dos escandalosos ingresos milhionários dos executivos dos grandes bancos e empresas. |
revolta irmandinha
06/09/2010
"Quem hoje ganhe 1.000 euros ao mês, depois de 45 anos de trabalho ficará com um aposentadoria de 400 euros mensuais". Entrevista a Oskar Lafontaine
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