24/03/2011

José Sócrates apresenta demissão

Notícia tirada de aqui. No Reino de Espanha os "todólogos" falam da "irresponsabilidad de la oposición". Meus pobres, nom sabem que há muito tempo que como na Islándia era preciso permitir que for a voz do povo quem decidisse. Os "todólogos", a mídia, o FMI, a bancocracia e os mercenários dos aparatos políticos sistémicos tenhem medo e som inimigos da democracia.

Caso não exista possibilidade de o Parlamento encontrar uma nova solução de governo, o Presidente terá que anunciar a dissolução do Parlamento e marcar a data adequada para as eleições antecipadas, que não pode ir além de 55 dias após o anúncio de dissolução. Foto de José Sena Goulão, Lusa.
Caso não exista possibilidade de o Parlamento encontrar uma nova solução de governo, o Presidente terá que anunciar a dissolução do Parlamento e marcar a data adequada para as eleições antecipadas, que não pode ir além de 55 dias após o anúncio de dissolução. Foto de José Sena Goulão, Lusa.
 
José Sócrates anunciou esta quarta-feira ao país a sua demissão do cargo de primeiro-ministro em resultado da aprovação, por parte da Assembleia da República, dos cinco Projectos de Resolução do PSD, CDS, PCP, PEV e Bloco de Esquerda que reivindicavam a rejeição do Programa de Estabilidade e Crescimento 2011-2014 (PEC 4) [cada PEC era assumir as directrizes do FMI acriticamente; Nota do blogger].

O primeiro-ministro demissionário acusa os partidos da oposição de” irresponsabilidade” e de terem rejeitado as propostas que o governo apresentou para evitar a intervenção internacional, sem “qualquer argumento sério” e sem “apresentarem quaisquer medidas alternativas”.

Para José Sócrates a crise vivida é justificada pela “sofreguidão de poder” e por “mero calculismo político”.

“Medidas do FMI têm vindo a ser impostas dia após dia”

Francisco Louçã defendeu, em reacção às declarações de José Sócrates sobre a crise causada pela rejeição do PEC 4 e pela marcação de eleições antecipadas, que “os portugueses sabem que a democracia é uma forma de resolver problemas e não uma dificuldade”.

O coordenador da Comissão Política do Bloco de Esquerda lembrou que as “medidas do FMI têm vindo a ser impostas dia após dia” e que o resultado dessas mesmas medidas é uma recessão. “Portugal é um país que se está a empobrecer em cada dia que passa”, sendo que “a rejeição do PEC é o princípio do esforço para puxar a economia”, advogou Francisco Louçã.

O dirigente do Bloco defendeu que é necessária uma verdadeira alternativa de esquerda que permita que Portugal não fique preso ao FMI e às políticas dos dois partidos do bloco central.

Cavaco Silva marcará novas eleições legislativas

Uma nota da Presidência da República adianta que o governo se mantém “na plenitude de funções até à aceitação daquele pedido” e que “com vista à resolução da situação política decorrente do pedido de demissão do Primeiro-Ministro, o Presidente da República, nos termos constitucionais, irá promover, no próximo dia 25, audiências com os partidos representados na Assembleia da República”.

Caso não exista possibilidade de o Parlamento encontrar uma nova solução de governo, o Presidente terá que anunciar a dissolução do Parlamento e marcar a data adequada para as eleições antecipadas, que não pode ir além de 55 dias após o anúncio de dissolução.

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