Os ministros das Finanças da Zona Euro acordaram, em Bruxelas, pedir aos bancos privados credores da Grécia que perdoem pelo menos 50 por cento do valor da dívida do país.
Segundo fonte diplomática, em caso de um perdão de metade da dívida, o valor dos novos empréstimos prometidos à Grécia em julho, de 109 mil milhões de euros, será aumentado para 114 mil milhões.
À entrada de mais uma reunião, hoje, o presidente do Eurogrupo assegurou que pretendem “negociar com o setor privado” e que esta não é a hora para “divulgar o objetivo destas negociações. Jean-Claude Juncker garantiu que “esta é uma área que se vai corrigir.”
O novo encontro do Eurogrupo faz parte da “maratona” de reuniões que se sucedem em Bruxelas para preparar as decisivas cimeiras que se avizinham, como a do Conselho Europeu de domingo de manhã e as Cimeiras da Zona euro de amanhã à tarde e quarta-feira à noite.
“A maratona da cimeira continua. Existe um grande fardo nos ombros dos ministros das Finanças, sobretudo nos da Zona Euro. Nenhuma das questões aqui discutidas está livre de controvérsia.
Ontem conseguiram ultrapassar o primeiro obstáculo.”
O corte do rating da Espanha em dois níveis aumentou a pressão sobre os líderes, a poucos dias da cimeira da União Europeia.
A Moody’s reduziu a notação da dívida espanhola para A1 e manteve o outlook negativo, o que deixa a porta aberta a novos cortes. A agência sublinha que a Espanha continua vulnerável às tensões de mercado.
“No sistema financeiro o mais importante não é ter dinheiro, mas ganhar a confiança dos investidores. Se há instituições, como as agências de rating, que fazem com que os investidores não confiem em nós, as coisas complicam-se. O que vai acontecer é que o custo da dívida pública do país e dos bancos vai crescer significativamente”, afirma o economista Juan María Concha.
O corte da notação da dívida espanhola foi anunciado apenas um dia depois de a agência ter avisado que o rating máximo da França pode estar em risco. No início do mês, a Moody’s baixou a qualificação da dívida italiana em três níveis.
Os mercados estão em contagem decrescente para a cimeira dos líderes europeus, no domingo. Os investidores mostram-se otimistas, perante as notícias de que Berlim e Paris chegaram a um acordo sobre o reforço do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira.
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