25/06/2010

Entrevista a Susan George: "As suas crises e as nossas soluçons"

Entrevista traduzida e tirada de aqui.



Susan George, autora do Informe Lugano, reputada ativista do movimento ATAC na França, se atreve-se a dizer e a expor o que muitos pensamos. A entrevista realizada pola equipa de imprensa de Intermón Oxfam realiçou-se com o galho da apresentaçom do seu último livro em que formula outras soluçons para a crise... já poderian lê-lo alguns políticos!!!

Hai dous anos todo o mundo dizia que a crise era oportunidade de reformular o sistema, hoje os mesmos mercados presionam os Estados a recortar o seu gasto social esperava esta situaçom?

Nom esperava que a crise se movera tam rápido rumo à dívida soberana, quer dizir, a dos governos, se nom que iria primeiro por outras dívidas privadas como a do mercado imobiliário. Embora, em verdade, no caso da Espanha, o governo encarregou-se dumha grande quantidade de dívida privada após o colapso da bolha imobiliária. Porém a Espanha tem umha dívida pública relativamente pequena, em comparança com a Grécia, por exemplo.Justificar completamente

Também pensei que os problemas da dívida bateriam primeiro os Estados Unidos. Todavia, si esperava que a crise continuasse até hoje -e será assi por um longo tempo- e sigo pensando que poderia ser umha oportunidade para cambiar o sistema, em particular para umha conversom verde.

Os Estados estám recurtando o gasto social, o que significa que a gente vai seguir pagando por umha crise que nom criou. Os Estados deveríam estar exigindo umha maior tributaçom internacional, um orçamento decente na Europa e reformas reais do G-20, mas em troca realizam estes pequenas mudanças marginais.

Ao mesmo tempo, os governos de direita ganham terreno na Europa e avança a extrema direita. Hay un grande perigo similar ao os anos 30 do passado século. É mais doado para a gente usar algum chivo expiatório (no caso da Alemanha nazi fôrom os judeus, no nosso caso, a imigraçom) e aceitar a estas figuras 'milagrosas' como foi Hitler. Este é o momento em que os partidos que estám na oposiçom dessa direita devem atrever-se com propostas audazes para que conjuremos este perigo. A contrário, a gente seguirá pagando esta crise e esta síndrome agravará-se.

Acredita que a ciudadania tem o poder suficiênte para enfrentar e contrarrestar as decisons dos mercados financeiros?

A 'sociedade civil' nom é nada mais que a soma dum grande número de grupos e eu diria que o principal desafio destes grupos é fazer alianças e enfrentarem-se aos governos com um programa comum. Os movimentos ecologistas, agrícolas, sindicalistas, as pessoas aposentadas, a maioria das mulheres, as comunidades de imigrantes, a pequena e mediana empresa e muitos outros grupos estám entre os perdedores desta crise.

O ponto é fazer alianças para transmitir estes programas alternativos e existem. Eu proponho várias no meu livro. Hai políticas alternativas, pero os governos nom as aplicarám a menos que sejam obrigados porque eles basicamente governam em nome da indústria financeira. O primeiro que devemos fazer é conseguirmos que os bancos estejam sob o controlo social.

No seu livro di que a Dinamarca é um país extraordinário que tem reduzido as suas desigualdades Qual é a receita?

As inequidades estám crescendo em quase todos os lugares, incluso tamém pode que agora na Dinamarca. Porém a receita é obviamente o Estado do Bem-estar, a inversom massiva em serviços públicos, umha laboura política que fomente tanto a segurança como a movilidade, sindicatos fortes…. Os daneses e danesas nom querem as leis de ordenado mínimo de Europa porque tenhem a certeza que um salário mínimo de nível europeu seria muito mais baixo do que tenhem agora sem nengumha lei. Sempre estám nos primeiros lugares destes estudos de felicidade, por algo será.

Tamém assegura que as civilizaçons som mortais, acredita que o desgaste do nosso modelo anúncia o fim da nossa civilizaçom?

Com essa frase remitia-me ao que dixo Paul Valéry, trás o fim da primeira guerra mundial porque é óbvio, nom é? Estamos correndo riscos enormes. Estamos arriscando-nos como civilizaçom a nom deter a mudança climática. A nom aplicar imediatamente um grande programa de conversom verde, que ademais crearia um grande número de postos de trabalho e ajudaria-nos a sair da crise.

Um novo reporter da Oxfam revela que a financiaçom climática está-se desenhando em forma de empréstimos e nom doaçons aos países pobres, quê opiniom lhe merece?

Nom vim ainda esse informe mas mais empréstimos som o último que necessitan os países pobres. No seu lugar, deveriamos cancelar a sua dívida em troca de programas de reforestaçom ou conservaçom da biodiversidade. Os nossos governantes do norte parecem irremediavelmente estúpidos.

O movimento do decrescimento vai contra o estilo de vida capitalista, como convencer a gente de que consuma menos ou de maneira mais responsável?

Creio que o mais importante é concentrar-nos em quê consumimos e qual é o custo médio ambiental do nosso consumo. Por outras palavras, medir o 'rendimento' da nossa economia (esta ideia é do economista Herman Daly). Segundo o científico Ernst-Ulrich von Weiszächer podemos obter o duplo de bem-estar se gastamos menos do duplo (o que se conhece como “fator quatro”), aliás muitas cousas podem crescer por sempre, como a cultura, a investigaçom, o conhecimento e a amizade.

Creio que o 'decrescimento' é umha palavra para convencer os inteletuais mas nom as massas de gente comum que necessitam termos que nom sonem a demandas de sacríficios. Os nossos governos estám demandando sacrifícios, mas nós podemos oferecer a plenitude do crescimento verde. Existem todos os médios para que isso se faga realidade já.

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