Notícia tirada de aqui. A especulaçom e a crise energética mais umha vez entrelaçam-se, desde o mês de maio o preço do crude subiu em 30% no mercado internacional. A imagem está associada com umha previsom da descida na produçom mundial do petróleo que sustentam os defensores da tese do pico ou zénite do petróleo (peak oil) - que nós compartilhamos se bem o ermetismo fai difícil calcurar se já se procuziu ou quando se produzirá esse zenite. A teoría do Pico do Petróleo ou Pico de Hubbert (debido a que foi o geológo usamericano Marion King Hubbert quem a enunciou) proclama o inevitável declínio e subseqüente término da produçom de petróleo en qualquer área geográfica em questom. De acordo com a teoria, seja num só poço de petróleo ou no planeta enteiro, a taxa de produción tende a seguir umha curva logística semelhante a umha curva normal. No início da curva (pré-pico), a produçom aumenta com o acréscimo de infraestrutura produtiva. Já na fase posterior (pós-pico), a produçom diminui por mor do esgotamento gradual do recurso. Hubberte antecipou no seu dia que o peak oil norte-americano se produziria em 1971, como assim foi, e o pico nas descobertas produzirá-se já em 1962. As estimaçons actuais oscilam entre os que defendem que o peak oil já se produziu, o próprio Hubbert, e os que defendem que aconteceu ou acontecerá entre 2005 e 2025.
No último ano, o preço do crude subiu 12 por cento (ou 30 por cento em relação ao mínimo de Maio), chegando pela primeira vez em dois anos aos 90 dólares o barril. Em Portugal, a gasolina aumentou 8,5 por cento e o gasóleo 12,8 por cento.
O crescimento da procura na China, os níveis de confiança de consumo nos EUA e a recusa da OPEP em aumentar nos próximos meses as quotas de produção sustentam as previsões, mesmo que em dias como o de ontem o preço do crude tenha descido ligeiramente.
O barril do light sweet cedeu ontem 33 cêntimos, em Nova Iorque, para 88,28 dólares, enquanto o brent do mar do Norte andou nos 91 dólares, menos 17 cêntimos do que na véspera, mas avisam os analistas que se trata de oscilações que não mexem na caminhada de fundo em direcção aos 100 dólares.
É à China que se atribui a maior responsabilidade pela evolução das cotações do crude, por continuar com fortes sinais de crescimento do consumo. A taxa de inflação chegou a 5,1 por cento em Novembro, um valor acima das previsões dos analistas e que não era atingido desde Julho de 2008.
De Pequim não surgem medidas de contenção dos riscos inflacionistas. "Se [Pequim] o tivesse feito, isso teria abrandado o crescimento económico e afectado a procura de petróleo", disse Andy Lipow, da Lipow Oil Associates, citado pela AFP. E acrescentou: "Como não é o caso, as pessoas apostam num mercado petrolífero em alta, porque a procura continua a crescer."
A Goldman Sachs acredita que o preço do barril chegará aos 100 dólares em 2011 e 110 dólares em 2012. O JPMorgan admite, por sua vez, que o preço médio de 2010 será de 93 dólares e de 120 dólares antes do fim de 2012. As opções de contratos de futuros para compra do petróleo a 100 dólares em Dezembro de 2011 estão entretanto a subir.
Nos EUA, hoje é dia para divulgar o estado das suas reservas estratégicas de hidrocarbonetos, depois de as últimas estatísticas terem revelado uma quebra superior à prevista.
A decisão da OPEP em não mexer nas quotas de produção, pelo menos até à cimeira em Junho próximo, acrescenta mais um factor de pressão sobre os preços do petróleo. Para os países consumidores, não é uma boa notícia e os preços elevados funcionam como uma taxa sobre os consumidores, podendo travar o crescimento. Por cada 10 euros de aumento do barril, a factura energética agrava-se em 42 mil milhões de dólares para os EUA, em 49 mil milhões de dólares para os europeus, em 19 mil milhões para a China e em 16 mil milhões de dólares para o Japão, segundo cálculos de Francisco Blanch, responsável pela investigação em matérias-primas no Banco da América-Merrill Lynch.
Para Ann-Louise Hittle, analista senior da consultora Wood Mackenzie, "quando o petróleo estiver à beira dos 100 dólares, deverá aumentar a pressão dos países consumidores", face aos receios que têm de isso poder prejudicar a sua recuperação económica.
A OPEP ainda não mexeu nas quotas de produção oficiais, mas a sua produção real já se encontra tão acima desses limites - como não se via há seis anos - que o sinal é só um, segundo a Bloomberg. À medida que o patamar dos 100 dólares se aproxima, os maiores países fornecedores de petróleo preparam-se para colocar mais crude no mercado. O cartel de países produtores está a produzir 1,934 milhões de barris diários acima do limite oficial.
O crescimento da procura na China, os níveis de confiança de consumo nos EUA e a recusa da OPEP em aumentar nos próximos meses as quotas de produção sustentam as previsões, mesmo que em dias como o de ontem o preço do crude tenha descido ligeiramente.
O barril do light sweet cedeu ontem 33 cêntimos, em Nova Iorque, para 88,28 dólares, enquanto o brent do mar do Norte andou nos 91 dólares, menos 17 cêntimos do que na véspera, mas avisam os analistas que se trata de oscilações que não mexem na caminhada de fundo em direcção aos 100 dólares.
É à China que se atribui a maior responsabilidade pela evolução das cotações do crude, por continuar com fortes sinais de crescimento do consumo. A taxa de inflação chegou a 5,1 por cento em Novembro, um valor acima das previsões dos analistas e que não era atingido desde Julho de 2008.
De Pequim não surgem medidas de contenção dos riscos inflacionistas. "Se [Pequim] o tivesse feito, isso teria abrandado o crescimento económico e afectado a procura de petróleo", disse Andy Lipow, da Lipow Oil Associates, citado pela AFP. E acrescentou: "Como não é o caso, as pessoas apostam num mercado petrolífero em alta, porque a procura continua a crescer."
A Goldman Sachs acredita que o preço do barril chegará aos 100 dólares em 2011 e 110 dólares em 2012. O JPMorgan admite, por sua vez, que o preço médio de 2010 será de 93 dólares e de 120 dólares antes do fim de 2012. As opções de contratos de futuros para compra do petróleo a 100 dólares em Dezembro de 2011 estão entretanto a subir.
Nos EUA, hoje é dia para divulgar o estado das suas reservas estratégicas de hidrocarbonetos, depois de as últimas estatísticas terem revelado uma quebra superior à prevista.
A decisão da OPEP em não mexer nas quotas de produção, pelo menos até à cimeira em Junho próximo, acrescenta mais um factor de pressão sobre os preços do petróleo. Para os países consumidores, não é uma boa notícia e os preços elevados funcionam como uma taxa sobre os consumidores, podendo travar o crescimento. Por cada 10 euros de aumento do barril, a factura energética agrava-se em 42 mil milhões de dólares para os EUA, em 49 mil milhões de dólares para os europeus, em 19 mil milhões para a China e em 16 mil milhões de dólares para o Japão, segundo cálculos de Francisco Blanch, responsável pela investigação em matérias-primas no Banco da América-Merrill Lynch.
Para Ann-Louise Hittle, analista senior da consultora Wood Mackenzie, "quando o petróleo estiver à beira dos 100 dólares, deverá aumentar a pressão dos países consumidores", face aos receios que têm de isso poder prejudicar a sua recuperação económica.
A OPEP ainda não mexeu nas quotas de produção oficiais, mas a sua produção real já se encontra tão acima desses limites - como não se via há seis anos - que o sinal é só um, segundo a Bloomberg. À medida que o patamar dos 100 dólares se aproxima, os maiores países fornecedores de petróleo preparam-se para colocar mais crude no mercado. O cartel de países produtores está a produzir 1,934 milhões de barris diários acima do limite oficial.
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