21/03/2011

Liga Árabe condena “bombardeamento de civis” na Líbia

Artigo tirado de aqui. É muito recomendável para entendermos a crise Líbia a leitura destes outros dous artigos que publicamos no nosso blogue e que podedes consultar aqui, aqui e, especialmente, aqui.

Um oficial de saúde líbio comunicou a morte de 64 pessoas durante a madrugada de domingo. Secretário-geral da Liga Árabe marcou uma reunião de emergência e pediu um relatório sobre os bombardeamentos que “levaram à morte e ao ferimento de muitos civis líbios”.
Foto retirada do site http://beinternacional.com/
Foto retirada do site http://beinternacional.com/
 
Amr Moussa, secretário-geral da Liga Árabe, solicitou, este domingo, uma reunião de emergência com os 22 estados que compõem este organismo para discutir as operações militares na Líbia e requereu um relatório sobre os bombardeamentos que “levaram à morte e ao ferimento de muitos civis líbios”.

“O que está a acontecer na Líbia difere do objectivo de imposição de uma zona de exclusão aérea, e o que nós queremos é a protecção dos civis e não o bombardeamento de mais civis”, afirmou Moussa.
Um oficial de saúde líbio comunicou a morte de 64 pessoas durante a última madrugada, situação que não pôde ser comprovada pelos jornalistas que se vêem impedidos de visitar os locais dos bombardeamentos.

Kadhafi qualifica de “terroristas” os ataques das forças ocidentais

Num discurso de cerca de 15 minutos transmitido este domingo, quer pela rádio como também pela televisão estatal, apesar de não terem sido feitas filmagens do representante líbio, Kadhafi qualificou de “terroristas” os ataques militares e anunciou uma "larga guerra" contra as forças ocidentais.

“Não poderão derrotar-nos. Esta é terra líbia. Não podem roubar-nos a nossa riqueza”, afirmou Kadhafi, adiantando que “não há justificação” para a ofensiva, e que as forças militares envolvidas “acabaram de demonstrar ao mundo” que são bárbaras.

O líder líbio invocou ainda outras guerras lideradas pelos EUA, incluindo o Vietname, bem como as Cruzadas, dizendo que os ataques aéreos dos franceses, dos EUA e sas forças britânicas se elevaram a uma "guerra-fria" sobre o Islão.

Kadhafi prometeu retaliação contra os líbios que apoiaram a intervenção estrangeira, garantindo que irão"atingir qualquer traidor que esteja a cooperar com os americanos ou com a Cruzada cristã".

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