14/03/2011

Wisconsin: Cem mil pedem demissão do Governador

Artigo tirado de aqui. 14-3-2011. Wisconsin, Islándia... a vindicaçom do "pequeno" e da autogestom e a autoorganizaçom.

Cem mil manifestantes em Madison, Wisconsin, neste sábado 12 de Março de 2011
Cem mil manifestantes em Madison, Wisconsin, neste sábado 12 de Março de 2011
Alguns órgãos de comunicação consideram que foi a maior manifestação, das muitas marchas e protestos realizados no último mês, e uma das maiores de sempre da história do Estado de Wisconsin. A cidade de Madison tem uma população total de cerca de 250.000 habitantes e o protesto deste sábado juntou muitas dezenas de milhares, provavelmente mesmo mais de cem mil pessoas.

O governador não tem recuado perante os protestos e utilizou uma manobra, considerada inconstitucional até pelo partido democrata, separando a nova lei de medidas fiscais, para passar nas duas Câmaras sem maioria absoluta e assim chegar ao governador que a assinou. O processo está ainda em apreciação pelo tribunal, mas os manifestantes afirmam que não desistem e lutam pela demissão de Scott Walker.

A nova lei anti-sindical reduz o poder de negociação dos contratos colectivos para os trabalhadores da administração pública só a questões salariais; aumenta o preço do seguro de saúde; obriga a uma votação sindical anual na qual os trabalhadores terão de reconfirmar que querem continuar sindicalizados; acaba com o desconto para os sindicatos feito directamente pela administração pública.

Segundo assinala David Brooks, correspondente do jornal mexicano La Jornada, “versões do mesmo conflito expressam-se em pelo menos nove Estados – Indiana, Ohio e Iowa, entre outros -, onde está em marcha uma ofensiva política que procura romper o poder político e social dos sindicatos no sector público utilizando como justificação a necessidade de reparar os problemas fiscais que sofrem todas as entidades públicas como resultado da crise financeira nacional que estalou em 2007. Assim, a luta que se iniciou no Wisconsin tem implicações nacionais tanto na política como no futuro do sindicalismo neste país”.

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