Dezenas de milhares de egípcios reuniram-se hoje na emblemática praça Tahrir, no centro do Cairo, para "salvar a revolução" e exigir o julgamento dos responsáveis pelas violências e pela corrupção durante o regime do ex-Presidente Hosni Mubarak.
A "coligação dos jovens da revolução", que reúne grupos que desencadearam a rebelião em 25 de Janeiro, tinha apelado a uma nova manifestação para exigir o julgamento imediatos dos responsáveis pelos disparos contra os manifestantes, e dos símbolos da corrupção.
Os jovens militantes pró-democracia também exigem que as instituições sejam "purificadas" do Partido Nacional Democrata (PND, o antigo partido no poder) e que sejam devolvidos "os milhares que foram roubados ao povo".
Estes grupos organizados consideram que diversas petições originais não foram satisfeitas pelo marechal Hussein Tantawi, o chefe do conselho supremo das Forças Armadas, que governa o país após a demissão em 11 de Fevereiro de Mubarak.
Entre as reivindicações inclui-se a revogação da lei de estado de emergência, em vigor desde 1981, a libertação de todos os presos políticos e a prisão para os simpatizantes do anterior regime, que enriqueceram à sombra do poder.
Vários ex-ministros e outros representantes do regime encontram-se detidos, e também foram iniciadas investigações sobre os bens de diversas figuras destacadas do círculo de Mubarak, que estão proibidas de abandonar o país.
De acordo com a agência oficial Mena, cerca de 15 mil pessoas participaram na grande oração semanal de sexta-feira na praça. O número duplicou ao início da tarde, enquanto grupos de manifestantes continuavam a afluir à praça Tahrir, referiu ainda a agência France Presse.
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