De um total de 6.000 idiomas incluídos nos censos de línguas, quase metade poderão vir a desaparecer em breve prazo, 190 delas no Brasil.
A diversidade linguística e cultural humana sofre umo acelerado empobrecimento no contexto de capitalismo mundializado atual, segundo afirmam de maneira reiterada os estudos e relatórios publicados por organismos oficiais como a UNESCO.
A pressão sobre as comunidades indígenas para as integrar em projetos culturais estatais dominantes são determinantes na acelerada extinção de comunidades linguísticas, contadas anualmente em centenas. Cada idioma desaparecido implica a destruição de uma forma de ver a vida, segundo especialistas reunidos em Quito para analisar a questão.
Dos 6.000 idiomas censados no planeta, mais de 2.500 estão em risco de desaparição imediata, segundo a Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Entre eles, encontram-se numerosas línguas da região latino-americana, referindo-se como exemplos extremos o andoa equatoriano, do qual fica tão um único falante, e o zápara, no mesmo país, que falam só seis pessoas idosas.
A irreversível perda desses idiomas suporá também a perda de conhecimentos naturais, além de uma maneira de conceber o espaço, o universo e o relacionamento com outros seres humanos, ressaltou Marleen Haboud, a coordenadora de um congresso internacional sobre o tema, que decorreu nesta semana na Universidade Pontificia Católica de Quito.
Por exemplo, o mohawk, a língua de uma tribo indígena da confederación iroquois que vive entre Estados Unidos e Canadá, não segue a estrutura tradicional de sujeito, verbo e pregado, que é a base do inglês ou o espanhol.
Línguas diferentes "mostram as maneiras diferentes nas que a mente humana pode codificar, entender e sistematizar o mundo, a experiência, e são formas que nunca realizaremos nós que só falamos uma língua europeia", opinou Mithun.
Quantificação da acelerada perda atual das línguas
Segundo a referida especialistas, das trezentas línguas documentadas na América do Norte, em meados desta década tão só sobreviverá uma dúzia.
Os continentes onde a ameaça é maior são a Oceânia e América, e assim, no Brasil 190 idiomas estão em perigo, no México 144, na Colômbia 68 e no Peru 62.
"O desaparecimento das línguas é cada vez mais acelerada", queixou-se Haboud, que o atribui à "globalização", pois povos que dantes se encontravam isolados "estão agora praticamente vivendo em toda a modernidade, tão avasaladora".
Para além das pressões externas para impor uma língua, as comunidades com frequência abandonam seu próprio idioma por uma aspiração de se integrar na sociedade maioritária julgando assim ter melhores perspetivas económicas, de acordo com os especialistas. Aliás, Mithun acrescentou que "muitas vezes a gente não valoriza a língua indígena porque pensa que é algo atrasado em um mundo moderno".
A diversidade linguística e cultural humana sofre umo acelerado empobrecimento no contexto de capitalismo mundializado atual, segundo afirmam de maneira reiterada os estudos e relatórios publicados por organismos oficiais como a UNESCO.
A pressão sobre as comunidades indígenas para as integrar em projetos culturais estatais dominantes são determinantes na acelerada extinção de comunidades linguísticas, contadas anualmente em centenas. Cada idioma desaparecido implica a destruição de uma forma de ver a vida, segundo especialistas reunidos em Quito para analisar a questão.
Dos 6.000 idiomas censados no planeta, mais de 2.500 estão em risco de desaparição imediata, segundo a Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Entre eles, encontram-se numerosas línguas da região latino-americana, referindo-se como exemplos extremos o andoa equatoriano, do qual fica tão um único falante, e o zápara, no mesmo país, que falam só seis pessoas idosas.
A irreversível perda desses idiomas suporá também a perda de conhecimentos naturais, além de uma maneira de conceber o espaço, o universo e o relacionamento com outros seres humanos, ressaltou Marleen Haboud, a coordenadora de um congresso internacional sobre o tema, que decorreu nesta semana na Universidade Pontificia Católica de Quito.
Por exemplo, o mohawk, a língua de uma tribo indígena da confederación iroquois que vive entre Estados Unidos e Canadá, não segue a estrutura tradicional de sujeito, verbo e pregado, que é a base do inglês ou o espanhol.
Línguas diferentes "mostram as maneiras diferentes nas que a mente humana pode codificar, entender e sistematizar o mundo, a experiência, e são formas que nunca realizaremos nós que só falamos uma língua europeia", opinou Mithun.
Quantificação da acelerada perda atual das línguas
Segundo a referida especialistas, das trezentas línguas documentadas na América do Norte, em meados desta década tão só sobreviverá uma dúzia.
Os continentes onde a ameaça é maior são a Oceânia e América, e assim, no Brasil 190 idiomas estão em perigo, no México 144, na Colômbia 68 e no Peru 62.
"O desaparecimento das línguas é cada vez mais acelerada", queixou-se Haboud, que o atribui à "globalização", pois povos que dantes se encontravam isolados "estão agora praticamente vivendo em toda a modernidade, tão avasaladora".
Para além das pressões externas para impor uma língua, as comunidades com frequência abandonam seu próprio idioma por uma aspiração de se integrar na sociedade maioritária julgando assim ter melhores perspetivas económicas, de acordo com os especialistas. Aliás, Mithun acrescentou que "muitas vezes a gente não valoriza a língua indígena porque pensa que é algo atrasado em um mundo moderno".
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