10/10/2011

Assessor do FMI prognostica ''colapso financeiro'' da Europa ''em duas ou três semanas''

Artigo tirado de Diário Liberdade (aqui). Agora as ladras voltam petar na porta dos estados para pedir financimento para a bancocracia e os especuladólares e a assim gerar mais dívida e um novo corsé de austeridade num despregue perfeito da doutrina do shock sobre Europa e o mundo.

Robert Shapiro adverte que o mundo enfrenta uma ''tormenta perfeita'', em relação à crise capitalista.

Shapiro considera que para evitar este "apocalipse financeiro" é crucial estabilizar a dívida soberana do Estado espanhol e da Itália.

Os bancos europeus correm o risco de "colapsar" no prazo de duas ou três semanas se os líderes políticos não forem capazes de encontrar soluções para a crise de dívida soberana, o que inevitavelmente se refletirá também nos bancos e economias do resto do mundo, previu o economista estadunidense Robert Shapiro.

"Se os líderes políticos não forem capazes de enfrentar de maneira credível esta situação, acho que no prazo de duas ou três semanas poderíamos enfrentar o colapso da dívida soberana, o que desencadearia o colapso do sistema bancário europeu", alertou o assessor do Fundo Monetário Internacional (FMI), que considera "crucial" para evitar este "apocalipse financeiro" estabilizar a dívida soberana do Estado espanhol e Itália.

Em declarações oferecidas à BBC, Shapiro apontou que o problema não se limitará "a uma entidade belga relativamente pequena", mas a todos os grandes bancos, incluídos os da Alemanha, Reino Unido, EUA e Japão, devido ao alto grau de interligação das finanças internacionais.

"Esta crise será pior que a ocorrida em 2008", alertou Shapiro, quem também assegurou que nos Estados Unidos não se conhece a exposição da banca à dívida soberana européia nem à de entidades do velho continente. Assim mesmo, disse que "ninguém sabe o estado dos seguros perante a falta de pagamento (CDS) da banca e da dívida soberana européia".

Sublinhou, ainda, a necessidade "crucial", inclusive acima da recapitalização da banca européia, de "encontrar um plano credível para preservar a estabilidade da dívida soberana do Estado espanhol e Itália".

Por sua vez, Paul Myners, que foi responsável pela Secretaria de Serviços Financeiros do Reino Unido entre 2008 e 2010 durante a etapa do governo de Gordon Brown, advertiu de que o mundo enfrenta "uma tormenta perfeita" e recomendou aos líderes europeus atingirem um "acordo significativo para recapitalizar os bancos".

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