19/01/2012

Grécia: bloco central afunda, esquerda dispara

Tirado do Esquerda.net (aquí).

Última sondagem mostra que o Pasok desmoronou, mas a Nova Democracia também perdeu. Três partidos à esquerda do Pasok têm, somados, 38%. Greve geral recebeu membros da troika.

O Pasok, pelas eleições de 2009, que ainda são as que formam o atual parlamento grego, tem 160 deputados. Mas, de acordo com a última sondagem, divulgada pelo diário Kathimerini, teria, se as eleições fossem hoje, 40 deputados, e 14% dos votos. A Nova Democracia ganharia as eleições, mas com menos votos que teve em 2009: as sondagens dão-lhe 30,5% (33,4% em 2009), insuficientes para ter maioria parlamentar.

A sondagem mostra, por outro lado, que a esquerda tem um crescimento fulgurante. A Esquerda Democrática, partido fundado em junho de 2010 na sequência de uma rutura do Synaspismos, o principal partido da coligação Syriza, aparece com 13,5% dos votos (não exisitia nas últimas eleições), seguido do PC com 12,5% (7,5% em 2009) e do Syriza com 12% (4,6% em 2009).

A sondagem também revela que 62% não confiam que o primeiro-ministro Lucas Papademos resolva os problemas económicos do país e quase nove em cada dez gregos consideram que o país está a ir na direção errada.

Greve geral recebe missão da troika

Nesta terça-feira, cerca de 20 mil pessoas, segundo os organizadores, manifestaram-se no centro da capital grega durante uma greve de 24 horas convocada pelo sindicato maioritário GSEE e o comunista PAME no dia em que chegou ao país a missão da troika.

Fontes sindicais consultadas pela agência Efe, afirmaram que a adesão à greve foi de 80%. A maior parte das lojas e grandes empresas de Atenas permaneceram fechadas. Duas das três linhas de metro da capital paralisaram, e a terceira só abriu no início e no final do dia, da mesma forma que os autocarros e comboios suburbanos. Os portos também não funcionaram. A greve só não afetou os aeroportos.

Também participam da greve os professores e profissionais de saúde, além dos advogados, que protestam pela liberalização de sua profissão, e os jornalistas, dois setores que prolongarão a greve por 48 horas.

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