24/11/2010

Mais de 3 milhões fizeram greve

Notícia tirada de aqui.

Carvalho da Silva e João Proença destacaram que a greve geral foi a de maior impacto na história do país e sublinharam que o movimento traduziu a esperança dos trabalhadores num futuro melhor
Greve geral em Barcelos. Foto enviada para o Esquerda.net

CGTP e UGT afirmam que mais de 3 milhões de trabalhadores fizeram greve no dia de hoje. Em conferência de imprensa conjunta, Carvalho da Silva e João Proença destacaram que a greve geral desta quarta-feira foi a de maior impacto na história do país e sublinharam o apoio e a sensibilização da opinião pública para os objectivos da greve.

Carvalho da Silva fez questão de destacar que a paralisação não foi só do sector público, mas teve também grande abrangência no sector privado. “Não foi só a Autoeuropa”, disse, “mas também nas corticeira, nas metalo-mecânicas, e em diversos outros sectores. O líder da CGTP destacou a participação excepcional dos trabalhadores dos transportes, “não só públicos mas também do sector privado”, destacou a paralisação total do sector portuário e da aviação civil – tirando os serviços mínimos de quatro voos nas ilhas – e ainda a greve nos tribunais, nas escolas e universidades. E ainda a enorme adesão na área da Saúde.

Para o sindicalista, a greve vai ter consequências no futuro, destacando também a cobertura internacional que a greve mereceu nos média. Esta greve deixa os trabalhadores mais exigentes e com mais força para as negociações com o governo, em questões como o salário mínimo e o apoio aos desempregados, avaliou.

João Proença sublinhou que a greve contra as políticas do PEC e traduziu a esperança dos trabalhadores num futuro melhor, e a exigência de mudança de políticas. “Recusamos o PEC 3, mas não aceitamos um PEC 4 nem um PEC 5”, disse. “Os trabalhadores estão a dizer que este não é o caminho, que é preciso valorizar a criação de emprego”.

O líder da UGT acusou o governo de estar a por em causa o princípio da negociação colectiva, ao querer reduzir os salários do sector público e apelar à redução de salários no sector privado. “E isso não aceitamos”, concluiu.



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