13/07/2011

O goberno quere aprobar esta lexislatura o modelo de MIR para profesores

Antom Fente Parada. Este artigo é uma actualizaçao dum outro dispoñível aqui: 



Ángel Gabilondo, ministro de Educação do PSOE, assegurou que o Governo tem a intenção de aprovar durante esta legislatura um Real Decreto para desenvolver o modelo "tipo MIR" para o professorado, ideia que já lançara no seu momento Rubalcaba. O sistema implementar-se-ia no curso seguinte a partir da sua aprovação.

A nova é preocupante quando o supostamente revulsivo do velho CAP, o Máster en profesorado de educación secundaria obrigatoria e bacharelato, formación profesional e ensinanza de idiomas acaba de cumprir apenas dous anos, mais dá a razão aos que denunciaram no seu momento a sua natureza fraudulenta (aplicação retroactiva ao alunado) e a sua natureza mais lucrativa (outorgando um simples certificado de competências para opositar) do que formativa e de reflexão crítica sobre as diferentes culturas docentes e o impacto que nelas têm os condicionamentos do marco institucional e político, em benefício duma suposta dimensão prática centrada em iterações didácticas (supostamente muito reais e preparatórias para o ensino) mais sustentadas sem um marco pedagógico sólido que determine a praxe e dote  de ferramentas aos docentes para repensar e recalibrar a sua docência. As próprias historia de vida do alumnado (life history) deste máster apontam dum ou outro jeito para esta direcção.

Destarte, Gabilondo defendeu que os professores tenham que acreditar não apenas conhecimentos, mais também uma experiência prática. Em nossa opinião, trata-se de mais uma volta de porca  do gerencialismo com o galho de atrasar a incorporação do futuro professorado à carreira funcionarial poupando assim em custes, se bem ficará por ver e avaliar a configuração que finalmente lhe outorgarão a este "MIR". A implantação seria única para todo o Estado, consensualizando coas CC.AA., e supostamente também com os educadores (sabemos por experiência que isto não se fará) e os "agentes sociais" ( que não são outros que fundações como CyD presidida por Ana Patricia Botín e ponta de lança no discurso da "gobernanza" das universidades).

O Ministério trabalha num RD, que já analisamos no artigo base desta nova entrada, em que contempla que se poda aceder ao professorado após um ano de práticas, que se avaliarão depois de atingir a vaga na oposição (1). Agora valorem vocês quê qualidade educativa se procura e que significam as (in)competências e o "aprender a apreender" estar calados com o que tanto nos agasalharam no máster, não é?

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