14/03/2011

Estado das centrais nucleares de Fukushima I e II

Imagens tiradas de aqui. Texto de aqui e traduzido por nós. Mais informaçons aqui e aqui.

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É um desastre, mas não uma catástrofe. A catástrofe é o terramoto e o tsunami, que matou a milhares de pessoas e destruído regiões inteiras.

Não vou dizer "aqui não passou nada, circulem" porque sim que passou e terám que fazer-se algumas perguntas molestas. Começando pelo motivo de que os estudos sísmicos estivessem subestimados, como já passou em Kashiwazaki-Kariwa ( http://lapizarradeyuri.blogspot.com/2010/05/a-central-nuclear-mas-grande-de o-mundo.html ). Também é legítimo perguntar-se se estas subestimaciones podem se ter dado em outros países com contextos geológicos diferentes. E como é possível que o sistema de referigeração de emergência fracasse por completo. Isto é assim.

Mas pelo momento, estes acidentes nucleares não se cobraram nenhuma vida afora do complexo nem parece provável que o vão fazer, salvo que ocorresse algo muito estranho. Os níveis de radiação fora do perímetro das centrais são baxíssimos, apesar de todo o alarmismo. É difícil brigar contra imagens poderosas, como as explosões nas unidades 1 e 3 que deram a volta ao mundo, mas há que ser racionais e não se deixar levar. As centrais de Fukushima resistiram extraordinariamente bem, muito melhor que grande parte do que as rodeava, e isto só está a ocorrer devido precisamente a que o terramoto e o tsunami foram pavorosos.

Em comparação com o terramoto e o tsunami, no estado atual das centrais, isto seria quase anedótico se não fora pelo enorme impacto que está a ter e vai ter a nível social internacionalmente. Inevitavelmente vai ter um antes e um depois. Eu gostaria de convidar a todo mundo, pró-nuclear, anti-nuclear e da mãe superiora à racionalidade e, uma vez mais, a não se tomar isto como um partido Madrid-Barça ou uma diatriba PSOE-PP. A política energética e a tecnologia nuclear são coisas muito complexas e cheias de matizes que não se podem saldar com um "isto é seguro e não há mais que falar" ou "isto é um acidente esperando a ocorrer e não há mais que falar".

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