09/03/2011

A que caralho jogamos? II

Onte matinavamos por segunda vez sobre a petiçom do senador do BNG, Pérez Bouza, de instalar em Trasmirás umha base militar na NATO. Meios de contra-informaçom à esquerda do BNG como Galiza Livre ou o Diário Liberdade venhem carregando as tintas contra esta proposiçom do BNG e hoje continuam aparecendo notícias relacionadas, por exemplo esta ou estoutra.

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No eido da sociedade civil organizada,  a Sociedade Galega de Ornitologia (SGO) e a Sociedade Galega de História Natural (SGHN) manifestárom a sua oposiçom ao projeto, com base em argumentos conservacionistas, já que a base militar ocuparia um território que fai parte da Zona de Especial Protecçom para as Aves (ZEPA) da Límia. ADEGA, organizaçom ecologista alinhada polo geral com a direcçom do BNG-UPG, fijo um posicionamento formal contra a base militar.

O projeto militar espanhol teria como objetivo a experimentaçom com avions sem piloto e nele participaria capital espanhol, francês e alemám, com um orçamento de 2.900 milhons, aqui nom há austeridade nem recurtes, e a promessa de criar 3.000 postos de trabalho.

Os redactores deste blogue, nom dando crédito à notícia até que apareceu na própria web do BNG, decidimo-nos a investigar algo mais sobre este projecto. 

Em primeiro lugar, cumpre salientar, mália que a maioria das informaçons nom o fagam, que em rigor EADS-CASA a empresa que desenvolveria o projecto nom é sinónimo da NATO. Em segundo lugar tampouco é justo geralizar que todos os avions nom tripulados som avions espias. Por último, tampouco fica ainda demonstrado que o centro de experimentaçom vaia ser também umha base para avions nom tripulados. 

EADS é o consórcio aeronaútico europeu e CASA a parte "española" da empresa. EADS desenhou e construiu o Airbus, aviom que como todas e todos sabemos é de uso maioritariamente civil. Desenhou e construe ainda o Cassidian e o Eurofighter - este último o caça de combate mais avançado dos exércitos europeus- e os Eurocopter que som helicópteros de uso exclussivamente civil ou míssiles cuja finalidade nom fai falha que aclaremos aqui qual é.

Para alem disto também desenham e fabricam satélites de comunicaçom que valem para uso civil e militar como quase todo. Lembremos, por exemplo, que a informática desenvolveu-na o Departamento de Defesa dos EUA e o seu exército e logo comercializou-se e passou a lucrar a empresa privada, mas como quase sempre acontece o exército desenvolve investigaçons com fundos públicos enquanto nom som rendíveis para logo comercializarem-nas as empresas privadas. Isto acontece também com os projectos de investigaçom na universidade. Outro exemplo som os GPSs, a única utilidade prática da teoria científica mais famosa do século XX -a da relatividade-, que servem para o nosso carro, mas também para bombardear sem visibilidade.

Quanto os avions nom tripulados som empregados como armas de guerra, especialmente usa-os Israel, muito mais que como avions espias. Avions espias punteiros na actualidade som os AWACS nos EUA e o Subsidian europeu. Outra aplicaçom dos avions nom tripulados som científicas, para lugares ond voar é muito perigoso como nos dous polos, por cima dum volvam, etc. ou em labouras de vigiláncia como, por exemplo, o tráfico de Prestiges na costa galega, a localizaçom de naúfragos, etc.

Si, si, pero... ¿Y que hay de lo mío?

Que se passa entom com a base do concelho de Trasmirás? 

Primeiro. Todo aponta a que mais que umha base realmente trata-se dum centro de experimentaçom, com fabricaçom de artefactos incorporada - mas nom com base aérea- do que, polo de pronto, o único que há é propaganda e nom informaçom detalhada sobre a sua dimensom, empraçamento, etc. 

Seja como for, a localizaçom nom parece ser a mais ajeitada quando é um entorno ZEPA se bem um projecto que for exclussivamente com fins civis (ou quase-civis porque já sabemos em que dam estas cousas...) dependendo dos postos de trabalho gerados sim poderia ser positivo para Galiza. No entanto, polo de pronto, há demasiado névoa e o senador nom ajudou a disipá-la pois pede para Galiza um projecto do que - quando menos a maioria dos mortais- nom conhecemos quase nada.

Segundo. A participaçom do Estado espanhol no consórcio aeronáutico europeu fai-se por meio do Ministério de Defesa, daí que seja a ministra desse ministério, Carme Chacón, quem conteste ao senador do BNG. Entom, parece que algo de militar há inegavelmente e que isso contravém a tradiçom do nacionalismo galego, embora EADS-CASA fabrique maioritariamente o Airbus.

Terceiro. É importante sermos coerentes e tratar com a mesma vara a EADS-Límia e a Bazám-Ferrol, que também depende de Defesa e produze artefactos de guerra na sua prática totalidade.

Cuarto. A indústria armamentística e outras altamente contaminantes e superfluas devem ser denunciadas pola esquerda ecossocialista. Se o Encontro Irmandinho se insire nesta esquerda é induvitável que do ponto de vista do decrescimento - que se insire no nosso socialismo- é denunciável assim como os postos de trabalho ligados ao carvom, etc. O sindicalismo tem que começar a pensar e agir também desde o decrescimento.







Seguiremos informando-nos e informando, agradecemos também opinions, sugestions, etc.






Um comentário:

Txiwy disse...

http://renovarobng.org/?p=567