28/11/2011

A mocidade galega vive na precaridade mais absoluta


Moças e moços cobram na Galiza 663 euros, menos de metade do ordenado meio e quase 160.000 empregado (15% da população) ganha menos de 370€ ao mês. Aliás, 3 de cada 10 moços de entre 18 e 25 anos estão em paro, segundo os dados oficiais, e o ordenado caiu de meia mais de 5% num ano para esta franja etária (enquanto subiu no resto das franjas levemente, 9'3% entre 2007 e 2010). 

Os pior pagos estão no sector da hostelaria e os melhor remunerados no da banca. Em 2008 o ordenado meio nesta franja (de 18 a 25 anos) era de 721'1€ para passar em 2010 a 663€ com uma baixada acentuada e previsível com a aprovação de actas de livre escravidão como o contrato de "aprendiz". Tudo isto quando a taxa de temporalidade se situa para a mocidade compreendida entre 16 e 29 anos num escandaloso 54'4% e quando 15.000 galegos procuram infrutuosamente o seu primeiro emprego.

441.824 trabalhadores galegos cobram menos de 1.100€, o que significa 40% da força de trabalho empregada na Galiza, e 16.000 cobram mais de 16.000€ ao mês o que reflecte a desigualdade e a fractura social que a ortodoxia ultraliberal acentua de dia para dia com absoluta falta de vergonha na cara. A meia na Galiza para o ordenado é, como sempre, inferior à meia do conjunto do Estado espanhol, situando-se em 18.314€ face os 19.113€ da meia estatal. Destarte, hoje conhecemos que a quantidade de ERE's se disparou no 2011 na Galiza assim como os desempregos colectivos e maciços nas transnacionais: No.Ca.Ga. e outros bancos, Telefónica, Barreras, Caramelo, Citroën, etc. 

Até quando vão resistir as costuras sociais e qual será a combatividade e virulência da fornada, segundo se dize, "melhor formada" da história da nação galega? Trazemos a colação um trecho do livro de conversas com Xosé Manuel Beiras intitulado A nación incesante:

Cando se afirma desde unha certa posición epistemolóxica, por exemplo "popperiana", que se poden enunciar leis económicas como leis científicas e ademais que se poden enunciar desprovidas de calquera contido, que poden ser leis neutrais, que poden ser enunciados neutros, desde o punto de vista económico e ideolóxico, en realidade estase facendo un apriorismo ideolóxico, porque o mero feito de afirmar iso a respecto dunha ciencia social significa unha posición ideolóxica; e mesmamente significa ademais unha posición ideolóxica conservadora, e se se quer con máis precisión unha posición ideolóxica burguesa.

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