Artigo tirado de aqui.
Trabalhadoras em greve à porta da fábrica, Xangai, Dezembro de 2011, foto de shanghaiist.com |
400 trabalhadoras e trabalhadores estão em greve há uma semana, exigindo pagamento de indemnização por despedimento coletivo. A empresa vai ser deslocalizada da província de Xangai, para a província de Jiangsu. Recentemente, têm-se multiplicado as lutas operárias na China.
Cerca de 400 trabalhadora/es da fábrica de Xangai da empresa Hi-P International estão em greve há sete dias, segundo notícia o site shanghaiist.com. A fábrica produz componentes para empresas como Apple, HP, RIM (a empresa dos telemóveis Blackberry) e Motorola e vai ser deslocalizada da zona industrial Jinqiao no leste de Xangai, para Suzhou na província de Jiangsu. As e os trabalhadores não têm grande hipótese de ir trabalhar para a nova localização devido à distância, mas exigem o pagamento de indemnização pelo despedimento coletivo, que a empresa não quer garantir. À porta da fábrica as trabalhadoras gritam: “Paguem-nos. Paguem-nos.”
Um dos trabalhadores da fábrica declarou ao jornal “South China Morning Post”: “Muitos de nós trabalhamos nesta fábrica há muitos anos, por isso devemos ser corretamente compensados se eles querem romper os nossos contratos. Trabalhamos em longos turnos, por vezes durante 20 horas. Mesmo viajando num autocarro da empresa, trabalhar na nova fábrica significará uma deslocação de mais hora e meia diariamente, com isso ficávamos sem tempo para descansar”.
O presidente executivo da empresa, Yao Hsiao Tung, diz que a transferência já estava programada para março de 2012 e que a decisão não foi sua, mas do governo que decidiu passar a área onde está localizada a fábrica de industrial para comercial.
Os grevistas recusam assinar acordos de rescisão até ao fim do ano, sem receberem indemnização. Apesar de conversações, a greve prossegue há 7 dias.
A luta destes trabalhadores não é única, pelo contrário nos últimos tempos têm-se multiplicado os protestos operários, devido segundo o shanghaiist.com à “desaceleração da procura das suas exportações para a Europa e a uma crescente incerteza sobre a economia global, agravada pela crise das dívidas soberanas europeias e pela fraca recuperação nos EUA”.
O shanghaiist.com divulga que há duas semanas no sul da província de Guangdong, mais de 10.000 trabalhadores cercaram uma fábrica de sapatos contra o corte no pagamento de horas extraordinárias, 400 trabalhadoras de uma fábrica de soutiens em Shenzhen interromperam o trabalho em protesto contra os maus tratos e os trabalhadores de uma fábrica fornecedora da Apple e da IBM bloquearam uma estrada em protesto contra as condições de trabalho, nomeadamente o excesso de horas. Na semana passada, trabalhadores chineses bloquearam as entradas e saídas dos supermercados da cadeia britânica Tesco.
ZhouYoungkang, membro do Politburo, alertou para o aumento de conflitos sociais e declarou à Bloomberg que a China precisa de melhorar os meios de lidar com a turbulência de uma economia de mercado, afirmando que “ainda não formámos um mecanismo completo para a gestão social” que é “a maior e mais urgente tarefa que temos pela frente”.
Cerca de 400 trabalhadora/es da fábrica de Xangai da empresa Hi-P International estão em greve há sete dias, segundo notícia o site shanghaiist.com. A fábrica produz componentes para empresas como Apple, HP, RIM (a empresa dos telemóveis Blackberry) e Motorola e vai ser deslocalizada da zona industrial Jinqiao no leste de Xangai, para Suzhou na província de Jiangsu. As e os trabalhadores não têm grande hipótese de ir trabalhar para a nova localização devido à distância, mas exigem o pagamento de indemnização pelo despedimento coletivo, que a empresa não quer garantir. À porta da fábrica as trabalhadoras gritam: “Paguem-nos. Paguem-nos.”
Um dos trabalhadores da fábrica declarou ao jornal “South China Morning Post”: “Muitos de nós trabalhamos nesta fábrica há muitos anos, por isso devemos ser corretamente compensados se eles querem romper os nossos contratos. Trabalhamos em longos turnos, por vezes durante 20 horas. Mesmo viajando num autocarro da empresa, trabalhar na nova fábrica significará uma deslocação de mais hora e meia diariamente, com isso ficávamos sem tempo para descansar”.
O presidente executivo da empresa, Yao Hsiao Tung, diz que a transferência já estava programada para março de 2012 e que a decisão não foi sua, mas do governo que decidiu passar a área onde está localizada a fábrica de industrial para comercial.
Os grevistas recusam assinar acordos de rescisão até ao fim do ano, sem receberem indemnização. Apesar de conversações, a greve prossegue há 7 dias.
A luta destes trabalhadores não é única, pelo contrário nos últimos tempos têm-se multiplicado os protestos operários, devido segundo o shanghaiist.com à “desaceleração da procura das suas exportações para a Europa e a uma crescente incerteza sobre a economia global, agravada pela crise das dívidas soberanas europeias e pela fraca recuperação nos EUA”.
O shanghaiist.com divulga que há duas semanas no sul da província de Guangdong, mais de 10.000 trabalhadores cercaram uma fábrica de sapatos contra o corte no pagamento de horas extraordinárias, 400 trabalhadoras de uma fábrica de soutiens em Shenzhen interromperam o trabalho em protesto contra os maus tratos e os trabalhadores de uma fábrica fornecedora da Apple e da IBM bloquearam uma estrada em protesto contra as condições de trabalho, nomeadamente o excesso de horas. Na semana passada, trabalhadores chineses bloquearam as entradas e saídas dos supermercados da cadeia britânica Tesco.
ZhouYoungkang, membro do Politburo, alertou para o aumento de conflitos sociais e declarou à Bloomberg que a China precisa de melhorar os meios de lidar com a turbulência de uma economia de mercado, afirmando que “ainda não formámos um mecanismo completo para a gestão social” que é “a maior e mais urgente tarefa que temos pela frente”.
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