01/12/2011

Grecia afronta a primeira greve geral contra o Governo "técnico"



O Governo do técnico Luca Papademos, que não foi eleito pela cidadania, afronta esta quinta-feira a sua primeira greve geral contra os recortes sociais impostos pela troika e o grande capital num estado que vive uma autêntica situação de rebelião e desobediência civil e que foi qualificado como uma cobaia do ultraliberalismo. Para Kostas Tsikrikas, da confederação sindical de funcionários (ADEDY) que conta com 380.000 filiados, "as medidas impostas desde faz dois anos apagam o direito social comunitário, Grécia é a cobaia que está pondo a prova a cultura legal e política de Europa". Desde maio de 2010, quando Grécia acordara o pacote de medidas económicas com a troika, "os ingressos dos funcionários reduziram-se entre os 40% e os 50%" segundo Kostas Tskrikas ao que cumpre engadir que 150.0000 funcionários serão cessados de aqui a 2013.

A terça-feira os ministros de finanças de Eurolándia acordaram entregar a Grécia outro empréstimo em troca de continuar com os recortes, entre os que se incluem recortes nos ordenados dos trabalhadores da função pública e a criação ou subida de impostos. Yannis Panagopoulos do sindicato do sector privado GSEE (700.000 filiados) advertiu que "o PIB dos estados do sul está baseado no consumo, e a redução de ordenados alimenta o círculo vicioso da recessão e o desemprego". Já que logo, "o futuro de Europa não pode basear-se na austeridade, a precariedade e a regressão social (...). Instamos aos líderes europeus a que deixem de pregar-se às imposições dos mercados financeiros", foram as palavras da Confederação Europeia de Sindicatos (CES) no mesmo dia em que se conhecia que o desemprego em Eurolándia atingia o récorde de 10'3%.

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