Nada será como hoje no top 10 das economias mundiais em 2020, segundo o estudo do Centro de Investigações Económicas e de Negócios, com sede em Londres.
Em 2020, as economias emergentes tomarão os lugares das principais economias da União Europeia, diz o CEBR.
Um estudo divulgado pelo Centro de Investigações Económicas e de Negócios (CEBR), com sede em Londres, prevê profundas alterações até 2020 no ranking das economias mundiais através de subidas das chamadas economias emergentes para os lugares das principais economias da União Europeia. No documento conclui-se que a quinta posição é agora ocupada pelo Brasil, que ultrapassou o Reino Unido, relegado para o oitavo lugar daqui a oito anos.
Nada será como hoje no top 10 das economias mundiais em 2020, segundo o estudo do CEBR.
Confirmando as previsões do FMI para cerca de 2016, a China ultrapassará os Estados Unidos no topo dos mais poderosos e apenas o Japão conservará o seu lugar, o terceiro, até ao fim da década em curso. A Alemanha, apesar da utilização que faz da União Europeia em defesa dos seus interesses, cairá do quarto para o sétimo posto; e a França, que acompanha Berlim nessa estratégia, será nona em 2020.
O estudo do CEBR considera que o Brasil já ultrapassou o Reino Unido no sexto posto, de onde continuará gradualmente a cair até oitavo dentro de 20 anos.
Entre as subidas destaca-se a da Rússia, que deverá ocupar o quarto lugar agora em poder da Alemanha; a Índia ascenderá à quinta posição, relegando a França para lugares inferiores; o Brasil é, actualmente, a sexta economia mundial.
As subidas da Rússia e do Brasil assentam na capacidade exportadora de matérias primas, beneficiando particularmente Moscovo do seu potencial de petróleo e gás natural.
A China e a Índia assentam o crescimento das suas economias na vastidão dos recursos humanos disponíveis em condições de baixo custo, precariedade de direitos sociais e situações de exploração. A China expande-se através do domínio sobre o comércio mundial e a Índia distingue-se pela especialização de trabalho de baixo custo em áreas de crescimento rápido, designadamente as tecnologias de informação.
As previsões do CEBR são particularmente pessimistas para a Zona Euro, que deverá sofrer uma recessão de 0,6 por cento em 2012 “mesmo que se resolva a crise do Euro”, o que considera improvável. Neste caso, a contracção da economia será de dois por cento. O jornal britânico The Guardian comenta o estudo sublinhando que a União Europeia, embora continue a ser o maior bloco comercial do mundo, vive “uma década perdida” de baixo crescimento depois “da euforia a crédito dos últimos 20 anos”.
Os índices de crescimento económico utilizados pelo CEBR, tal como o FMI, são os que se baseiam no valor absoluto do PIB. O facto não traduz o modo como o crescimento económico se reflecte nas sociedades que o produz, designadamente nas de crescimento mais rápido, em muitos casos através de agravamento de fossos entre minorias muito ricas e vastos estratos de pobres, desrespeito pelos direitos humanos e ausência de direitos laborais elementares.
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