Ao longo da história da humanidade a família constituiu umha célula de importáncia radical para o futuro dos indivíduos e da espécie mesma. Som já clássicos os estudos de Engels* e outros autores ao respeito. Por suposto entendemos aqui o conceito família num sentido amplo e milenário, numha sequência mutável ao longo das épocas e os lugares, onde a variante tradicional ocidental é apenas umha das múltiplas alternativas possíveis.
O que define de maneira essencial a instituiçom familiar, entendida esta dumha maneira tam aberta e pluriforme quanto nos for imaginável (poliándrica, poligámica, sindiásmica, comunal, tradicional, monoparental, homossexual...), é a componente ALTRUISTA no empréstimo de serviços que se estabelece entre cuidadores e prole. A relaçom, até que o indivíduo alcança umhas mínimas capazidades para levar umha existência independente, é plenamente desinteressada, desprovista de qualquer componente relacionado com a procura do lucro ou do benefício perante um futuro longínquo e completamente incerto. Só um intangível sentimento de "solidariedade intergeneracional" pode explicar umha conduta tam pouco sujeita a recompensas materiais imediatas como os cuidados dos adultos proporcionam aos seus descendentes. Mercede a este vencelho os sujeitos jovens desenvolvem umha "urdime afetiva" (seguindo o conceito exprimido fai décadas polo médico galego Rof Carballo) que lhes dará a segurança psicológica necessária para desenvolver umha vida futura satisfatória. A família transmite ao menino, mediante transaçons genuinamente truistas, as ferramentas mentais e condutuais necessária para seguir mantendo a cadena social sobre a que se edifica a própria sobrevivência da espécie.
Ninguém "se fixo a si próprio", nengumha pessoa "conseguiu todo o que tem sem que ninguém o presenteara". Estas afirmaçons tam próprias do individualismo ultraliberal som intrínsecametne falsas. Somos o que somos porque tivemos umha família biológica e social que nos presenteou praticamente todo sem exigir-nos nengumha compensaçom monetária ou material em troca.
Como dizia o próprio Rof "o home está constituído de maneira essencial polo seu próximo". Com certeza que um gigante do pensamento chamado Piotr Kropotkin**, autor dessa imprescindível obra intitulada O apoio mútuo, compartilharia dita afirmaçom. Qualquer sistema económico que esqueça esta realidade truista e mutualista constitutiva de toda espécie viva, desprezando este pacto fundacional e atávico contraído para com os seus semelhantes, leva no seu seio a semente da sua própria destruçom.
___________________________________
O que define de maneira essencial a instituiçom familiar, entendida esta dumha maneira tam aberta e pluriforme quanto nos for imaginável (poliándrica, poligámica, sindiásmica, comunal, tradicional, monoparental, homossexual...), é a componente ALTRUISTA no empréstimo de serviços que se estabelece entre cuidadores e prole. A relaçom, até que o indivíduo alcança umhas mínimas capazidades para levar umha existência independente, é plenamente desinteressada, desprovista de qualquer componente relacionado com a procura do lucro ou do benefício perante um futuro longínquo e completamente incerto. Só um intangível sentimento de "solidariedade intergeneracional" pode explicar umha conduta tam pouco sujeita a recompensas materiais imediatas como os cuidados dos adultos proporcionam aos seus descendentes. Mercede a este vencelho os sujeitos jovens desenvolvem umha "urdime afetiva" (seguindo o conceito exprimido fai décadas polo médico galego Rof Carballo) que lhes dará a segurança psicológica necessária para desenvolver umha vida futura satisfatória. A família transmite ao menino, mediante transaçons genuinamente truistas, as ferramentas mentais e condutuais necessária para seguir mantendo a cadena social sobre a que se edifica a própria sobrevivência da espécie.
Ninguém "se fixo a si próprio", nengumha pessoa "conseguiu todo o que tem sem que ninguém o presenteara". Estas afirmaçons tam próprias do individualismo ultraliberal som intrínsecametne falsas. Somos o que somos porque tivemos umha família biológica e social que nos presenteou praticamente todo sem exigir-nos nengumha compensaçom monetária ou material em troca.
Como dizia o próprio Rof "o home está constituído de maneira essencial polo seu próximo". Com certeza que um gigante do pensamento chamado Piotr Kropotkin**, autor dessa imprescindível obra intitulada O apoio mútuo, compartilharia dita afirmaçom. Qualquer sistema económico que esqueça esta realidade truista e mutualista constitutiva de toda espécie viva, desprezando este pacto fundacional e atávico contraído para com os seus semelhantes, leva no seu seio a semente da sua própria destruçom.
___________________________________
* O livro de Engels, que se inspira fundamentalmente na obra de Morgan aplicando o socialismo científico, é A orige da família a propriedade privada e o estado [N.T.].
** Piotr Alexeyevich Kropotkin (1842 - 1921) é um dos mais grandes teóricos libertários de todos os tempos e iniciou a via anarco-comunista. O apoio mútuo ou ajuda mútua é o intercámbio recíproco e voluntário de recursos e serviços para o benefício mútuo das partes envolvidas.
O conceito desenvolve-o em Ajuda mútua: um fator de evoluçom. Nesse livro Kropotkin descreve a ocorrência do apoio mútuo em diferentes espécies até chegar ao ser humano. Kropotkin demonstra que ainda que existe competiçom entre espécies e entre sociedades mesmo, dentro da mesma espécie dam-se relaçons de mutualidade que som as que permitem a própria sobrevivência do grupo. Portanto, a teoria da ajuda mútua é mesmo um míssil contra a burguesa teoria do darwinismo social na altura, se nom encubertamente ainda hoje, dominante em europa e que explica as eugenésias e xenofobias da europa do primeiro quartel do século XX.
No seu outro livro A conquista do pam, Kropotkin propom um sistema económico ligado com esta teoria e que se fundamenta em trocas regidas pola cooperaçom voluntária. Desta volta, a tese repousa sobre a premissa de que a escasseça é desnecessária e seria possível produzir riquezas em volume suficiente para satisfazer as necessidades de todos trabalhando apenas cinco horas por dia durante a idade adulta, deixando-se o resto do dia livre para a recriaçom e cultivo pessoais. Seguindo isto, o capitalismo baseia-se na competiçom e provoca a má distribuiçom de recursos e as desigualdades.
Esta teoria antecipa a teoria do decrescimento, daí que seja um dos livros preferidos do Carlos Taibo, do que podes consultar algum artigo neste mesmo blogue. Contodo, nom pode negar-se que na sua obra se detecta o mesmo otimismo produtivista que tamém está presente em Marx ou Engels. Ainda na obra de Trotsky O comunismo nos Estados Unidos (1935).
Nenhum comentário:
Postar um comentário