Nova tirada de aqui. Mais uma mostra de que o PIB como indicador macroeconómico nada nos diz sobre o desigual reparto da riqueza que opera dentro de cada estado, sendo, nesse sentido muito mais eficaz o Índece de Desenvolvimento Humano (IDH), se bem este, por sua vez, deve combinar-se com outras achegas, como o da "pegada ecológica" - criado por Willian Rees num congresso de economia ecológica em 1992, se bem este, ao igual que o PIB tampouco é um indicador multimensional.
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Em um momento em que o governo brasileiro tenta comprovar que o último ciclo de desenvolvimento permitiu um forte queda na desigualdade social, fica patente com o dados divulgados pela Onu sobre o IDH, que na verdade qualquer queda na desigualdade foi muito pouca.
Brasil é o 73º país em desenvolvimento humanoMonitor Mercantil, 04/11/2010
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Em um momento em que o governo brasileiro tenta comprovar que o último ciclo de desenvolvimento permitiu um forte queda na desigualdade social, fica patente com o dados divulgados pela Onu sobre o IDH, que na verdade qualquer queda na desigualdade foi muito pouca.
Brasil é o 73º país em desenvolvimento humanoMonitor Mercantil, 04/11/2010
Crescimento desde 80 foi mais rápido que o da AL, mas mais lento que o mundial
O Brasil ocupa a 73ª colocação no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). O índice de 0,699, segundo o órgão, situa o país entre as nações de alto desenvolvimento humano e supera a média mundial, de 0,624. Ao todo, 169 países foram pesquisados.
O resultado aproxima o IDH do Brasil do de toda a América Latina e Caribe, de 0,704. O índice varia de 0 a 1 - quanto mais perto de 1, maior o nível de desenvolvimento humano. O Pnud destacou que a metodologia para formular o IDH este ano sofreu alterações e que os números divulgados não podem ser comparados aos anteriores.
O órgão, porém, recalculou o IDH brasileiro em 2009 com base na nova metodologia. E apontou evolução de quatro posições no ranking. Com base em novos cálculos, o índice brasileiro teve ganho de 7,6% desde 1980. O progresso foi mais rápido do que o latino-americano (6,6%), porém, mais lento do que o global (9,3%). De 2005 para cá, a alta foi de 3,1% e, de 2009 para 2010, de 0,8%
A lista do IDH em 2010 é liderada pela Noruega (0,938), seguida por Austrália (0,937), Nova Zelândia (0,907), Estados Unidos (0,902) e Irlanda (0,895). As últimas posições são ocupadas por Moçambique (0,284), Burundi (0,282), Níger (0,261), República Democrática do Congo (0,239) e Zimbábue (0,140). O Brasil ficou acima de Geórgia (0,698), Venezuela (0,696), Armênia (0,695) e Equador (0,695), e abaixo das Ilhas Maurício (0,701), Macedônia (0,701), Irã (0,702), Ucrânia (0,710) e Bósnia-Herzegovina (0,710). O IDH engloba três aspectos: conhecimento (medido por indicadores de educação), saúde (medida pela longevidade) e padrão de vida digno (medido pela renda).
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IDH do Brasil está abaixo da média da América Latina e é inferior ao do Peru – Fonte ONU
Ricardo Bergamini
Base: Ano de 2010
Posição Mundial | Países | IDH |
45 | Chile | 0,783 |
46 | Argentina | 0,775 |
52 | Uruguai | 0,765 |
54 | Panamá | 0,755 |
56 | México | 0,750 |
59 | Trindad e Tobago | 0,736 |
62 | Costa Rica | 0,725 |
63 | Peru | 0,723 |
73 | Brasil | 0,699 |
75 | Venezuela | 0,696 |
77 | Equador | 0,695 |
78 | Belize | 0,694 |
79 | Colômbia | 0,689 |
80 | Jamaica | 0,688 |
88 | República Dominicana | 0,663 |
90 | El Salvador | 0,659 |
94 | Suriname | 0,646 |
95 | Bolívia | 0,643 |
96 | Paraguai | 0,640 |
104 | Guiana | 0,611 |
106 | Honduras | 0,604 |
115 | Nicarágua | 0,565 |
116 | Guatemala | 0,560 |
145 | Haiti | 0,404 |
De acordo com o ranking anual de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) realizado pela ONU (Organização das Nações Unidas), o Brasil, com nota de 0,699, obteve uma nota abaixo da média da América Latina, que foi de 0,704. A média brasileira, no entanto, ainda é superior à mundial, que alcançou 0,624.
O Chile é o país latino-americano mais bem colocado, no 45º lugar e nota de 0,783, seguido pela Argentina (46º). Na América Latina, o Brasil também aparece atrás de Uruguai (52º), Panamá (54º), México (56º), Trinidad e Tobago (59º). Costa Rica (62º) e Peru (63º).
Sobe e desce
A mudança de metodologia provocou alterações importantes no ranking dos países. A França caiu de 8º para 14º, enquanto Israel perdeu 12 posições e recuou de 15º para 27º. Por outro lado, o pequeno principado de Liechtenstein, que no ano passado era o 19º, na versão 2010 do levantamento figura em sexto.
Após figurar em 13º no ano passado, os Estados Unidos subiram para a 4ª colocação, à frente do Canadá -- país vizinho e tido como exemplo de desenvolvimento no mundo.
Cuba, que em 2009 figurava em 51º lugar, não aparece na lista deste ano, devido à mudança de metodologia (o país não teria os indicadores requisitados pela ONU para compor o índice).
Cuba, que em 2009 figurava em 51º lugar, não aparece na lista deste ano, devido à mudança de metodologia (o país não teria os indicadores requisitados pela ONU para compor o índice).
Nova metodologia
A formulação do IDH, índice criado em 1990, passou por uma grande mudança este ano, segundo a ONU. Devido à nova metodologia, não se pode comparar o novo IDH de 2010 com índices anteriores.
O índice manteve suas características principais — varia de 0 a 1 (quanto mais próximo de 1, maior o nível de desenvolvimento humano) e engloba três aspectos essenciais do desenvolvimento humano: conhecimento (medido por indicadores de educação), saúde (medida pela longevidade) e padrão de vida digno (medido pela renda).
A ONU também mudou os indicadores de renda e educação. Devido à reformulação, houve uma redução no número de países e territórios abrangidos: 15 (além de Cuba, foram excluídos Omã e Líbano, por exemplo) saíram da listagem por não disporem de informações verificáveis para pelo menos um dos quatro indicadores usados no índice.
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