28/10/2011

Europeus vão à China pedir ajuda contra crise

Cíntia Cardoso. Artigo tirado de RFI (aqui).


Além do esforço interno para tirar a Europa da crise, os emergentes também serão chamados a cooperar. Klaus Regling, o encarregado pelo Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, irá à China amanhã para discutir como o país poderá ajudar.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, também está empenhado em obter a ajuda. Ele tefefonou para seu homólogo chinês, Hu Jintao, nesta quinta-feira. A China já havia manifestado o interesse de continuar a comprar papéis das dívidas soberanas de economias europeias. Mas ainda não se sabe com quanto os chineses poderão participar desse resgate da zona do euro. Os europeus sabem, porém, que essa ajuda terá um preço. A diplomacia chinesa diz que ps países europeus terão que "receber melhor" os investimentos diretos chineses. Tradução: a Europa terá que se abrir mais a empresas chinesas e comprar mais produtos "Made in China".

No plano bilateral, a República Popular da China também espera contar com o endosso europeu na Organização Mundial de Comércio. Há vários anos, a China espera ser reconhecida como economia de mercado pela OMC. Com esse novo status, as exportações chinesas seriam beneficiadas com a redução de barreiras alfandegárias.

A recuperação da zona do euro é essencial para a economia chinesa que tem, na Europa, seu principal parceiro comercial. A economia chinesa já é um dos maiores credores da Europa. Segundo analistas, ele teria, nas suas reservas, algo entre entre 400 e 600 bilhões de euros. A China também investiu pesado nos títulos da dívida americana e detém cerca de US$ 2 trilhões.

As autoridades europeias também não descartam o apoio do Brasil e da Rússia, mas os dois deixaram claro que poderiam eventualmente intervir por meio do Fundo Monetário Internacional e não diretamente na compra de títulos. A Índia e Rússia, também não manifestou a intenção de adquitir títulos da dívida europeia. A turnê europeia para reforçar o pacote de salvamento passa também por outros parceiros do mundo desenvolvido. Regling irá ao Japão, que acumula neste ano compra de 2,28 bilhões de euros de bônus europeus e à Noruega.

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