Tirado de aqui.
Os processos de debate e clarificaçom de ideias e linhas de actuaçom que se produzem ciclicamente no campo nacionalista compreendido num sentido amplo som sempre importantes para o país e devemos analisá-los e valorizá-los com atençom. Esta máxima é de aplicaçom plena para a recente XIII Assembleia Nacional do BNG e para as conclusons aprovadas nela.
Causa Galiza, como parte do corpo social e político nacionalista, e referência supra-fraccional dos sectores soberanistas e independentistas articulados à margem do BNG, fijo a sua própria valorizaçom e interpretaçom do decurso do encontro desta fim-de-semana em Ámio, da sua resoluçom e da linha de acçom resultante. Desde o respeito do princípio de nom ingerência, queremos expor e compartilhar com as bases sociológicas do nacionalismo galego, à margem da sua filiaçom ou nom ao BNG, certos elementos desta XIII AN que consideramos de máxima importáncia para o soberanismo e o país:
1º É um facto objectivo que a XIII AN do BNG se contemplou com expectaçom por parte de certos sectores de base do nacionalismo e, incluso, como a oportunidade para acometer “renovaçons”, “regeraçons” e até –segundo se anunciava- o retorno a um projecto originário abertamente crítico com o quadro constitucional e estatutário e com perfil de auto-organizaçom popular e mobilizaçom social. Este estado de opiniom atingiu incluso sectores periféricos do independentismo.
2º Finalmente, tanto o decurso da XIII AN do BNG, como as conclusons derivadas do encontro, frustrárom mais umha vez estas expectativas sobre um projecto que derivou para posiçons autonomistas e centristas denunciadas incluso desde o seu interior. Esta frustraçom concreta-se sobre dous eixos relacionados: por umha parte, o debate produzido na feira de Ámio esquivou a necessidade de articular umha estratégia real face a autodeterminaçom e a soberania nacional, conformando-se com reforçar a retórica vácua e ideologista da facçom maioritária e aplicar mentres, pola via dos factos, políticas reformistas de acatamento e gestom dum quadro autonómico esgotado e submetido a intenso processo de erosom. Por outra parte, à vez que se evitárom os nós gordianos, substituiu-se o debate político e estratégico pola tradicional política de pulsos e pactos entre facçons para assegurar maiorias, representaçons e áreas de influência dentro da frente política.
3º A XIII AN reajusta os equilíbrios internos do BNG mas deixa incólume a velha estratégia da participaçom eleitoral como principal ámbito de acçom nacionalista, a gestom legalmente respeituosa das instituiçons, o pacto com o espanholismo e a opçom de procurar um acomodo possibilista, e impossível, para o nosso projecto nacional no Estado espanhol. Se antes foi o Estatuto de Nación, agora, quando os poderes políticos e económicos escovam o Estatuto, é o “Estado espanhol plurinacional”, e incluso formalmente a autodeterminaçom, mas o cerne da estratégia segue a ser idêntico. Neste marco, as alusons à soberania, ou à construçom do Estado galego, assim como a imaginaria revolucionária agitada no evento, tenhem escasso valor e agem apenas como elementos compensatórios dos déficits que nom se está disposto a abordar.
4º A circunvalaçom do debate fulcral, que se produz quando os poderes fácticos apresentam a sua agenda oculta de liquidaçom de direitos sociais, exploraçom e deconstruçom do Estado de las Autonomías, é umha irresponsabilidade histórica com o país e com o processo de liberaçom nacional e social: o nacionalismo nom se pode limitar a gerir o existente quando é tam óbvia a insuficiência do marco jurídico-político actual para garantir a viabilidade do nosso projecto nacional e a defesa efectiva das maiorias sociais. O nacionalismo nom pode gritar Poder popular! enquanto alicerça a sua estratégia na conquista de áreas de poder institucional.
5º É significativa a atitude com que acudírom à cita importantes sectores da base filiativa do BNG que reconheceu que a centralidade do processo residia em reajustar o reparto de áreas de influência: a diferença de participaçom existente entre as votaçons do informe de gestom e do Documento Base (1674 e 2987 votos, respectivamente) e as do Conselho Nacional, o Porta-voz Nacional e o candidato à Junta da Galiza (4438, 3946 e 4381) evidencia que o cerne do encontro era decidir as pessoas e facçons que geririam a estratégia que, com contradiçons menores, é comum a todos eles. De facto, sem assumir esta premissa, seriam incompreensíveis as alianças aparentemente impossíveis da fim-de-semana, ou a continuidade da convivência orgánica entre os blocos de opiniom confrontados na XIII AN. Valorizamos que, até hoje, com dissensos menores, existe no BNG um projecto e umha estratégia comuns que minimiza a conflitividade interna. O continuismo trás os necessários reajustes internos é o resumo do conclave: após este a batuta sigue em maos dos mesmos sectores que historicamente empurrárom um importante sector do nacionalismo até as águas chocas do autonomismo, a supeditaçom ao PSOE e a perda de contacto e a contradiçom com as massas populares galegas evidencia umha continuidade histórica de postulados e estratégias.
Participar na acumulaçom de forças
soberanistas e independentistas galegas
Partimos da premissa de que nom há futuro possível para o país nem para a maioria social galega sem exercer a autodeterminaçom e alcançar a soberania nacional. Assim, a conquista do direito a decidir é, pois, para além de um elementar direito democrático, a pedra angular do processo para acadar a liberaçom nacional e social da Galiza.
Desta óptica, valorizamos que a acçom social, sindical e política nacionalista se deve focar a gerar a acumulaçom de forças que permita avançar nesta direcçom e levantar um movimento sócio-político de liberaçom nacional que, rachando os moldes do autonomismo confesso ou vergonhento, tenha como norte a autodeterminaçom e a soberania nacional. Esta posiçom, que deslinda com claridade autonomismo e soberanismo, é a antítese da doutrina da Casa Comum nacionalista.
Causa Galiza, como parte importante desse movimento sócio-político em gestaçom, chama aos nacionalistas e as nacionalistas galegas com conviçons soberanistas claras a abeirarem veleidades autonomistas, participando no processo de acumulaçom de forças soberanistas e independentistas que impulsionamos, forjando unidades de acçom estáveis entre quem sentimos no coraçom o grito Galiza ceive, Poder Popular! e construindo entre tod@s, com paciência, com generosidade e com inteligência, as condiçons objectivas e subjectivas necessárias para articular um movimento e umha proposta política de massas que, sem ambigüidades nem renúncias, trabalhe por esse horizonte de emancipaçom. Este é o repto a que convidamos a participar a todos os patriotas galegos e galegas.
Causa Galiza, como parte do corpo social e político nacionalista, e referência supra-fraccional dos sectores soberanistas e independentistas articulados à margem do BNG, fijo a sua própria valorizaçom e interpretaçom do decurso do encontro desta fim-de-semana em Ámio, da sua resoluçom e da linha de acçom resultante. Desde o respeito do princípio de nom ingerência, queremos expor e compartilhar com as bases sociológicas do nacionalismo galego, à margem da sua filiaçom ou nom ao BNG, certos elementos desta XIII AN que consideramos de máxima importáncia para o soberanismo e o país:
1º É um facto objectivo que a XIII AN do BNG se contemplou com expectaçom por parte de certos sectores de base do nacionalismo e, incluso, como a oportunidade para acometer “renovaçons”, “regeraçons” e até –segundo se anunciava- o retorno a um projecto originário abertamente crítico com o quadro constitucional e estatutário e com perfil de auto-organizaçom popular e mobilizaçom social. Este estado de opiniom atingiu incluso sectores periféricos do independentismo.
2º Finalmente, tanto o decurso da XIII AN do BNG, como as conclusons derivadas do encontro, frustrárom mais umha vez estas expectativas sobre um projecto que derivou para posiçons autonomistas e centristas denunciadas incluso desde o seu interior. Esta frustraçom concreta-se sobre dous eixos relacionados: por umha parte, o debate produzido na feira de Ámio esquivou a necessidade de articular umha estratégia real face a autodeterminaçom e a soberania nacional, conformando-se com reforçar a retórica vácua e ideologista da facçom maioritária e aplicar mentres, pola via dos factos, políticas reformistas de acatamento e gestom dum quadro autonómico esgotado e submetido a intenso processo de erosom. Por outra parte, à vez que se evitárom os nós gordianos, substituiu-se o debate político e estratégico pola tradicional política de pulsos e pactos entre facçons para assegurar maiorias, representaçons e áreas de influência dentro da frente política.
3º A XIII AN reajusta os equilíbrios internos do BNG mas deixa incólume a velha estratégia da participaçom eleitoral como principal ámbito de acçom nacionalista, a gestom legalmente respeituosa das instituiçons, o pacto com o espanholismo e a opçom de procurar um acomodo possibilista, e impossível, para o nosso projecto nacional no Estado espanhol. Se antes foi o Estatuto de Nación, agora, quando os poderes políticos e económicos escovam o Estatuto, é o “Estado espanhol plurinacional”, e incluso formalmente a autodeterminaçom, mas o cerne da estratégia segue a ser idêntico. Neste marco, as alusons à soberania, ou à construçom do Estado galego, assim como a imaginaria revolucionária agitada no evento, tenhem escasso valor e agem apenas como elementos compensatórios dos déficits que nom se está disposto a abordar.
4º A circunvalaçom do debate fulcral, que se produz quando os poderes fácticos apresentam a sua agenda oculta de liquidaçom de direitos sociais, exploraçom e deconstruçom do Estado de las Autonomías, é umha irresponsabilidade histórica com o país e com o processo de liberaçom nacional e social: o nacionalismo nom se pode limitar a gerir o existente quando é tam óbvia a insuficiência do marco jurídico-político actual para garantir a viabilidade do nosso projecto nacional e a defesa efectiva das maiorias sociais. O nacionalismo nom pode gritar Poder popular! enquanto alicerça a sua estratégia na conquista de áreas de poder institucional.
5º É significativa a atitude com que acudírom à cita importantes sectores da base filiativa do BNG que reconheceu que a centralidade do processo residia em reajustar o reparto de áreas de influência: a diferença de participaçom existente entre as votaçons do informe de gestom e do Documento Base (1674 e 2987 votos, respectivamente) e as do Conselho Nacional, o Porta-voz Nacional e o candidato à Junta da Galiza (4438, 3946 e 4381) evidencia que o cerne do encontro era decidir as pessoas e facçons que geririam a estratégia que, com contradiçons menores, é comum a todos eles. De facto, sem assumir esta premissa, seriam incompreensíveis as alianças aparentemente impossíveis da fim-de-semana, ou a continuidade da convivência orgánica entre os blocos de opiniom confrontados na XIII AN. Valorizamos que, até hoje, com dissensos menores, existe no BNG um projecto e umha estratégia comuns que minimiza a conflitividade interna. O continuismo trás os necessários reajustes internos é o resumo do conclave: após este a batuta sigue em maos dos mesmos sectores que historicamente empurrárom um importante sector do nacionalismo até as águas chocas do autonomismo, a supeditaçom ao PSOE e a perda de contacto e a contradiçom com as massas populares galegas evidencia umha continuidade histórica de postulados e estratégias.
Participar na acumulaçom de forças
soberanistas e independentistas galegas
Partimos da premissa de que nom há futuro possível para o país nem para a maioria social galega sem exercer a autodeterminaçom e alcançar a soberania nacional. Assim, a conquista do direito a decidir é, pois, para além de um elementar direito democrático, a pedra angular do processo para acadar a liberaçom nacional e social da Galiza.
Desta óptica, valorizamos que a acçom social, sindical e política nacionalista se deve focar a gerar a acumulaçom de forças que permita avançar nesta direcçom e levantar um movimento sócio-político de liberaçom nacional que, rachando os moldes do autonomismo confesso ou vergonhento, tenha como norte a autodeterminaçom e a soberania nacional. Esta posiçom, que deslinda com claridade autonomismo e soberanismo, é a antítese da doutrina da Casa Comum nacionalista.
Causa Galiza, como parte importante desse movimento sócio-político em gestaçom, chama aos nacionalistas e as nacionalistas galegas com conviçons soberanistas claras a abeirarem veleidades autonomistas, participando no processo de acumulaçom de forças soberanistas e independentistas que impulsionamos, forjando unidades de acçom estáveis entre quem sentimos no coraçom o grito Galiza ceive, Poder Popular! e construindo entre tod@s, com paciência, com generosidade e com inteligência, as condiçons objectivas e subjectivas necessárias para articular um movimento e umha proposta política de massas que, sem ambigüidades nem renúncias, trabalhe por esse horizonte de emancipaçom. Este é o repto a que convidamos a participar a todos os patriotas galegos e galegas.
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