26/04/2013

O Governo segue receitando austeridade e reconhece que o desemprego nao descerá de 25% até 2016




Esta sexta-feira o Governo do Reino de Espanha de Mariano Rajoy, do Partido Popular, demonstrou seguir fielmente a ortodoxia ultraliberal dando um passo mais na renúncia da soberania do Estado espanhol em favor da troika. Como já tinha dito, nem o IRPF nem o IVA foram tocados mais uma vez, mas sim se subiram impostos a contrário do que levava afirmando Mariano Rajoy toda a semana. Os impostos especiais incrementam-se e cria-se um novo imposto de "medio ambiente".

Aliás, o Governo reconhece a sua incapacidade de atingir o alvo do deficit de 3% até 2016 e dá for certo que o desemprego não descerá de 25% (o que não significa que poda ainda subir mais) até, quando menos, 2016. De por parte, as previsões de dívida do próprio Governo dao por feito que esta atingirá 99'8% do PIB em 2016. Sem crescimento económico o pago da dívida consumirá cada vez mais recursos e afogará, como em Grécia, totalmente ao conjunto da cidadania.  A pesar do nome pomposo para apresentar em Bruxelas ("Programa Nacional de Reformas" e "Programa de Estabilidad") o certo que a continuação pela senda do austericídio conduz a Península para uma emulação da gravíssima situação de Grécia, de que já falamos neste blogue em dias passados.

A suba de impostos especiais afecta ao tabaco, o alcohol e os hidrocarburos também se gravam através do novo imposto de "medio ambiente". E ainda há mais. Continuando com o ensaio começado em Chipre o Governo espanhol vai gravar, segundo o ministro Montoro, também os depósitos bancários.

Por último, o PP supera-se criando uma "Ley de desindexacion de la economía española" que é uma armadilha pra evitar empregar o IPC nos contratos das administrações públicas e nas aposentadorias. Ou seja, que por lei sanciona-se a congelação das pensões e dos ordenados públicos.

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