30/08/2010

Censura informativa quase total sobre a greve de fame dos presos políticos mapuches


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Artigo tirado do Diário Liberdade - 32 presos mapuche cumprem 48 dias de luita extrema para reclamar o fim da Lei Antiterrorista.

Dous presos fôrom já transladados a hospitais devido a graves problemas derivados da longa greve de fame que venhem mantendo. Fôrom Elvis Millán e Huaiquilaf Cadin, que depois da passagem polo centro médico voltárom à prisom junto ao resto do colectivo. Os grevistas já perdêrom entre 12 e 14 quilogramas de peso nestes dias, com sérias perdas de massa muscular, de gorduras e enfraquecimento geral.
A greve de fame do colectivo de presos mapuche começou a 12 de Julho, com o objectivo de reclamar a anulaçom dos processos repressivos derivados da aplicaçom da legislaçom "antiterrorista" chilena, que a própria Amnistia Internacional tem criticado pola grave restriçom de direitos fundamentais que supom, além de existir quase exclusivamente para a sua aplicaçom contra o povo mapuche.
AI reclamou que o Estado chileno aplique os compromissos adquiridos em matéria de direitos humanos, denunciando que no caso dos mapuche, eles "som duplamente discriminados pola falta de garantias de um processo justo nos tribunais militares e pola aplicaçom da lei antiterrorista".
Julgamentos de tempos de Pinochet
Os processos que sofrem os presos mapuche, em luita em defesa dos seus direitos sobre as suas terras face à espoliaçom das multinacionais, seguem um protocolo aprovado durante a ditadura militar. Algumhas das normas aplicadas, como o seu carácter civil e militar em paralelo, ou a existência de "testemunhas sem rosto", violam abertamente a Convençom Americana de Direitos Humanos e o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, segundo Amnistia Internacional.
A própria utilizaçom de tribunais militares contra assuntos civis como som as reivindicaçons territoriais e políticas mapuche indica o tratamento repressivo que o Estado chileno dá aos direitos históricos do povo mapuche.
Além da Amnistia Internacional, também a Federaçom Internacional de Direitos Humanos (FIDH), a Corporaçom de Promoçom e Defesa dos Direitos do Povo (CODEPU) e o Observatório Cidadaão expressárom a sua preocupaçom sobre as condiçons repressivas impostas ao povo mapuche, reclamando mudanças ao governo chileno. Inclusive a ONU e o Comité contra a Tortura encaminhárom "recomendaçons" para evitar as constantes violaçons de direitos fundamentais que sofre o povo mapuche.
Silêncio informativo (quase) total
Entretanto, e ao contrário do acontecido com as greves de fame de contrarrevolucionários cubanos, no caso mapuche os media da burguesia internacional e chilena decidírom manter um sepulcral silêncio em apoio do Estado chileno e das multinacionais e grandes empresas com interesses no território mapuche.
Assim foi mesmo denunciado polo Colégio de Jornalistas do Chile, cujo presidente Rodrigo Miranda anunciou que chamaria o Tribunal Nacional de Ética do Colégio a se pronunciar a respeito de tal silenciamento, bem como à Federaçom de Meios de Comunicaçom, instáncia de autorregulaçom das empresas jornalísticas chilenas.

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