13/08/2010

Resposta do ELN da Colômbia à proposta do Governo Venezuelano

O Exército de Libertação Nacional da Colômbia reafirma sua ideia de trabalhar por uma saída política para o prolongado conflito colombiano.

O Governo de Uribe foi a expressão mais clara do guerreirismo na Colômbia e no Continente. Sempre esteve alinhado com os interesses gringos e apoiou todas as suas iniciativas de agressão internacional e em nosso solo. Deixa-nos a herança de mais 7 bases militares gringas como ameaça para o país e para o conjunto de países da América do Sul e do Caribe.

A continuação desta política guerreirista e intervencionista foi difundida pelo atual presidente eleito, Juan Manuel Santos, em sua campanha eleitoral. Neste sentido as ameaças continuam vigentes e não há motivos para pensar o contrário.

O governo de Uribe e seu sucessor quiseram vender a ideia de que a insurgência colombiana e, em particular, o ELN se negam a construir um caminho rumo à paz, negando o que em diversos processos de paz foi tentado, e nos quais a única coisa que interessa aos governos de plantão é que as guerrilhas se desmobilizem e se desarmem, impedindo as mudanças estruturais que são as verdadeiras causas da existência do conflito interno colombiano.

Os Estados Unidos e a oligarquia colombiana pretendem internacionalizar o conflito colombiano, usando-o como pretexto para intervir militarmente nos países vizinhos e afetar os processos democráticos e de mudanças sociais que se constroem em nosso continente.

As intenções guerreiristas dos aventureiros do Pentágono e as loucuras do governo de Uribe são o maior perigo para o futuro da vida das pessoas de todo o continente. Frear tamanha loucura é uma prioridade para o continente. Nesse sentido, consideramos da maior seriedade a proposta de paz que foi manifestada pelo Governo da Venezuela.

O ELN está interessado em trabalhar para construir uma saída política para o conflito da Colômbia, nos marcos de uma proposta de paz para o continente, vinculante aos esforços dos países que integram a UNASUR e de outras iniciativas de acompanhamento que surjam na comunidade internacional.

Desde já, dispomo-nos a intercambiar com o Governo Venezuelano e outros Governos do Continente para explorar os caminhos que tornem possível a paz na Colômbia e em Nossa América.

Nicolás Rodríguez Bautista, Primeiro Comandante.

Antonio Garcia, Segundo Comandante

EXÉRCITO DE LIBERTAÇÃO NACIONAL

Colômbia... Para os trabalhadores! Nem um passo atrás... Libertação ou Morte!

Montanhas da Colômbia, 4 de agosto de 2010

Traduzido por Valeria Lima

Nenhum comentário: