14/11/2010

Os ordenados e a pendente para a deflaçom

Paul Krugman. Artigo tirado e traduzido do castelhano para o galego desde aqui. Krugman foi prémio Nóbel de economia em 2008.

Recebi muitos comentários no sentido de que se preocupar pela deflação é coisa de todo ponto errada à vista da evolução dos preços das matérias primas. Mas já expliquei muitas vezes que não deveríamos nos centrar nos preços volátiles (como os das matérias primas), senão nos preços de curso lento e viscoso, isto é, na inflação subjacente. Permitir-se-me-á agora acrescentar isto: os preços de evolução mais lenta e viscosa são, sem disputa, os do trabalho. Por que, pois, não se centrar nos salários?

É verdade que isso apresenta alguns problemas práticos, que têm que ver com efeitos de composição, horas extras, etc. Com todo e com isso, se o que se procura é outro indicador do grande deslizamento para a deflación a que estamos a assistir, vale a pena jogar umha vista de olhos ao seguinte quadro, no que se apresenta a percentagem de variação interanual nos salários por hora de todos os trabalhadores desde março de 2007 até julho de 2010:

Fonte: Bureau of Labor Statistics

Assim, pois, a niponizaçom da nossa economia segue o seu curso.

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