17/01/2012

Sobre a lousa

Jorge Pérez Árias. Poema tirado do blogue Desmembro (aquí).

Aos trabalhadores abandonados polo sindicalismo revisionista,  sempre máis preocupado  das garantias sindicais que das condicións e das necesidades do obreiro. Por muito que o neguem fica para história nos convenios .

Sobre que lousa
se fende a vida
ou que vidas sobre
a lousa se fenderon?
Neve, frío. lume e...
negro fume, escuro,
pras vidas que forom máis alá
das costas da barrela.
Algum borrego os chamou lumpem
eles tinham filhos, eles tinham fame
eles queriam pam.
Tí revolucionário, que sabes
se viveches sempre del?

Hoje muitos deles
seriam alguem de sonhos cubertos
habería na terra outra cor e lentura
que eram também labregos.
Máis teima vida,
em que o verão se veja asobalhado
ao saír da primavera.

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